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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Acusados de matar Marielle e Anderson respondem na esfera cível pelo crime

Marielle Franco - Reprodução / Internet
Marielle Franco Imagem: Reprodução / Internet

Colunista do UOL

17/03/2021 13h51Atualizada em 17/03/2021 14h57

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O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, irão responder também na esfera cível pelo crime.

O juiz Marcos Antonio Ribeiro de Moura Brito, da 29ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, acatou nesta segunda-feira (16) a ação impetrada pela vereadora e viúva de Marielle, Mônica Benício (PSOL), pedindo indenização de R$ 1 milhão por danos morais.

O magistrado determinou ainda o bloqueio de todos os bens dos acusados e estabeleceu um prazo de 15 dias para que eles apresentarem sua defesa.

"Ainda não fomos oficialmente intimados, assim que isso ocorrer, nos manifestaremos e nos posicionaremos nos autos. Por ora, nem sei qual ou quais fundamentos e pedidos que foram feitos pela Vereadora e viúva Sra. Mônica Benício", afirmou o advogado Henrique Valadares, que defende Élcio Vieira de Queiroz.

O criminalista Fernando Santana, advogado de Ronnie Lessa, disse que também não foi intimado a respeito da decisão judicial. "Após ser intimado apresentarei parecer".

Risco de prescrição

O atentado que resultou nas mortes de Marielle e Anderson completou três anos no último domingo (14).

"Entramos com a ação para evitar o risco da prescrição. E já há provas nos autos do processo criminal para justificar a condenação dos réus também na esfera cível. Quanto aos mandantes, ainda aguardamos o avanço das investigações", afirmou João Tancredo, advogado de Mônica Benicio.

Em 9 de fevereiro deste ano o Tribunal de Justiça do Rio manteve a decisão de levar Ronnie e Élcio a júri popular. O julgamento ainda não tem data marcada e os réus ainda poderão recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça.

As investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro ainda não indicaram os mandantes do atentado.