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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Em liberdade, Fabrício Queiroz é flagrado visitando sede do governo do Rio

Fabrício Queiroz no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, no fim da semana passada - UOL
Fabrício Queiroz no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, no fim da semana passada Imagem: UOL

Colunista do UOL

20/04/2021 13h52Atualizada em 20/04/2021 19h07

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O policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi visto no estacionamento do Palácio Guanabara, sede do governo do estado do Rio de Janeiro na semana passada. Procurado, o advogado Paulo Emílio Catta Preta, que representa Queiroz, disse que ele não iria comentar o episódio. A coluna também recebeu imagens dele sentado dentro de um carro no local na quarta-feira (14).

O governador em exercício Cláudio Castro, novo chefe do Executivo, é aliado de Flávio Bolsonaro e do presidente Jair Bolsonaro. O governo disse que não há registro de entrada dele no prédio do Palácio Guanabara. "O local é um complexo onde trabalham cerca de 1.800 pessoas", informou o governo, por nota.

No fim de semana, Queiroz comemorou o aniversário de 32 anos da filha mais velha, a personal trainer Nathália Queiroz. A volta à rotina ocorre depois que Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar, conseguiram no STJ (Superior Tribunal de Justiça) o fim da prisão domiciliar. O ex-assessor de Flávio foi apontado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) como operador de um esquema de devolução de salário que existia no gabinete do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.

Queiroz também retomou a comunicação por meio de aplicativos de mensagem no celular. Mas, agora, Queiroz está priorizando apps que permitem a destruição automática de mensagens como o "Signal" e o "Telegram".

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro baixou os novos aplicativos há pouco mais de uma semana. A opção por aplicativos com possibilidade de destruição de mensagens automaticamente ocorre também depois que a família de Queiroz foi alvo de busca e apreensão em dezembro de 2019. Na ocasião, foram apreendidos celulares de Márcia e de Nathália Queiroz, filha mais velha do assessor.

A partir da apreensão foram obtidas mensagens trocadas entre a família. Algumas delas chegaram a fazer parte das provas apresentadas para o pedido de prisão de Queiroz e Márcia. Nas mensagens, Márcia reclamava que Queiroz seguia fazendo indicações políticas para cargos e chegou a compará-lo a um bandido "que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo". Os dados dos celulares também mostraram o local onde ele se escondia e por onde passou no período.

Queiroz foi preso em Atibaia, na casa de Frederick Wassef, um dos advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em junho do ano passado. Márcia chegou a ficar foragida por mais de um mês após a prisão ser decretada. A prisão domiciliar monitorada por tornozeleira eletrônica terminou em março deste ano.