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Abin e Itamaraty negam ter dados sobre pandemia e 'guerra bacteriológica'
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O chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, respondeu a um requerimento da CPI da Pandemia dizendo que a Abin não produziu relatórios com informações sobre a origem do novo coronavírus. No início de maio, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que o vírus que causou a pandemia de covid-19 pelo mundo pode ter sido criado em laboratório e mencionou a possibilidade de uma guerra.
"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou se nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês", afirmou Bolsonaro durante uma cerimônia no Palácio do Planalto.
Ao responder ao ofício, Ramagem atendeu a um requerimento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O chefe da Abin foi questionado se " a manifestação do presidente da República está fundamentada em alguma informação produzida ou obtida a partir das atividades dessa agência?".
A resposta de Ramagem foi que a "manifestação do presidente não faz qualquer referência a informações da Abin". O chefe da Abin ainda afirmou que "em síntese, as quatro principais hipóteses de origem do vírus permanecem em investigação pela comunidade científica, inclusive na pesquisa oficial da OMS" e que essas hipóteses são de "conhecimento amplo e de acesso público".
A CPI fez um questionamento semelhante ao Ministério das Relações Exteriores e o Itamaraty também negou ter produzido relatórios sobre o assunto. "Este ministério não produziu ou forneceu informação sobre 'a possibilidade de estar em curso uma guerra não declarada, promovida por nação estrangeira, por meio de guerra química, bacteriológica e radiológica'", informou.
A China foi um dos poucos países que cresceu em 2020, apesar da pandemia. Não há qualquer evidência de que o vírus tenha sido criado em laboratório. No relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde), de março deste ano, a teoria foi considerada" extremamente improvável". O documento cita ainda que o vírus provavelmente se deslocou de um animal a outro antes de chegar a nós.
No entanto, também foram pesquisadas evidências de teorias de que o vírus teria se deslocado à população humana de forma direta, saindo de um animal hospedeiro para humanos ou então poderia ter passado por meio de alimentos contaminados. O relatório, porém, ainda é inconclusivo.
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