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Pazuello vai se filiar ao PL e disputar vaga a deputado federal pelo RJ
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O general da reserva e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello vai se filiar ao PL até o fim de março para disputar uma vaga a deputado federal pelo Rio de Janeiro. Ele deixou o comando da Saúde em março de 2021, no auge das mortes por covid-19 no Brasil, um dos piores momentos durante a pandemia. Em março deste ano, Pazuello foi passado à reserva já com planos de iniciar uma carreira política. Pazuello chegou a cotar o PP, mas interlocutores dele afirmaram à coluna que o general optou pelo PL, partido de Jair Bolsonaro.
Pazuello assumiu o ministério logo após a saída de Nelson Teich, que deixou o cargo em menos de um mês devido à pressão para defesa do uso de cloroquina, ineficaz para o combate ou prevenção da covid. Ao sair do cargo, Pazuello deu lugar ao atual ministro, Marcelo Queiroga.
A administração do general de maio de 2020 até março de 2021 ficou marcada pela defesa do uso da cloroquina, medicamento ineficaz contra a Covid-19, crise de abastecimento de medicamentos e oxigênio, especialmente em Manaus, e ainda pela demora na aquisição de vacinas. Foram diversos os embates antes do fechamento dos contratos para compra da Coronavac junto ao Instituto Butantan e ainda pela aquisição das vacinas Pfizer.
Pouco depois da saída, Pazuello teve de depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado. Quando foram iniciadas as investigações, o ex-ministro foi nomeado ao cargo de assessor de Estudos Estratégicos pelo ministro Ciro Nogueira, na Casa Civil.
O ex-ministro foi investigado pela CPI e foi citado mais de 150 vezes no relatório final da comissão. No documento, ele foi indiciado por seis crimes: epidemia com resultado morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime, crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos. Ele também é réu em outros processos relacionados à sua administração do Ministério da Saúde que ainda estão em andamento.
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