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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Filiado ao PL, governador do Rio contraria partido e pede votos por Pacheco

O governador do Rio, Cláudio Castro (RJ) - Divulgação
O governador do Rio, Cláudio Castro (RJ) Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

01/02/2023 04h00

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Apesar de ser filiado ao PL, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, passou a terça-feira (31) telefonando para senadores para pedir votos para a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado. A coluna apurou que Castro chegou a pedir que o senador Carlos Portinho votasse em Pacheco. Portinho também é do PL do Rio e está engajado na campanha de Rogério Marinho, candidato do PL à presidência da Casa.

A eleição ocorre nesta quarta-feira (1º) e promete uma disputa apertada. A entrada de Castro na campanha é lida como uma maneira do governador fazer acenos aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que também defendem, nos bastidores, a reeleição Pacheco.

Outro episódio que também ocorre esta semana é uma crise do PL no Rio de Janeiro e que envolve a disputa pela presidência da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Castro e o deputado federal Altineu Côrtes, presidente do PL no Rio, racharam.

Côrtes decidiu lançar Jair Bittencourt, também do PL, com o apoio do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD-RJ), e de André Ceciliano (PT-RJ), atual presidente da Alerj, mas que assumiu cargo como secretário de Assuntos Federativos do governo Lula, em Brasília.

Já Castro apoia o deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL-RJ), ex-secretário do governador. Em dezembro de 2022, o MPF (Ministério Público Federal) propôs ação contra o governador, Bacellar e mais nove pessoas. O caso foi revelado pelo UOL no ano passado.

O MPF acusou os políticos de abuso de poder político e econômico e conduta vedada pelo uso de "folha de pagamento secreta" com 27 mil cargos temporários na Ceperj (Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro) e 18 mil nomes, na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Castro nega irregularidades.