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Trump vai de "surpresa" a reunião republicana para se diferenciar de Biden

Presidente dos EUA, Donald Trump - Sarah Silbiger
Presidente dos EUA, Donald Trump Imagem: Sarah Silbiger

Colunista do UOL

24/08/2020 14h09Atualizada em 24/08/2020 18h08

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Numa aparição "surpresa", o presidente Donald Trump foi pessoalmente hoje à Convenção Nacional Republicana, que oficializou nesta manhã a sua candidatura à reeleição. O encontro acontece entre esta segunda e quinta-feira em Charlotte, no estado da Carolina do Norte.

"Esta é a eleição mais importante da história do nosso país", disse Trump. Segundo ele, os eleitores escolherão em 3 de novembro entre "uma direção horrível, horrível", se optarem pelo democrata Joe Biden, ou "uma direção de grandeza", se votarem nele. O presidente ainda provocou o partido adversário sugerindo o coro de "mais 12 anos", em vez de quatro.

A ida à Carolina do Norte contraria o discurso do republicano de que não faria um discurso presencial na convenção a fim de não estimular aglomerações em meio à pandemia. Nos últimos dias, a imprensa americana já especulava sobre uma possível ida do presidente a Charlotte.

O presidente afirmou que compareceu à convenção por "respeito" à Carolina do Norte, o que Biden não teria demonstrado por faltar à convenção democrata em Milwaukee, no estado de Wisconsin.

Ao ir pessoalmente a Charlotte, Trump busca marcar diferença com Biden, a quem acusa de fazer campanha do porão de sua casa em Wilmington, no estado de Delaware. É uma tentativa de transmitir imagem de força e destemor em relação a uma pandemia que já matou 177 mil americanos.

Trump voltou a afirmar que a possibilidade de "80 milhões" de votos via correio nas eleições resultará em fraude. Isso é mentira. O histórico de votações pelo serviço postal mostra que trapaças eleitorais são irrisórias. Trump faz acusações sem evidências ou provas.

Quando os cabos eleitorais começaram a gritar "mais quatro anos" para Trump na Casa Branca, ele provocou os democratas."Se vocês querem realmente deixá-los loucos, vocês digam 'mais 12 anos' [no poder]", disse.

A Constituição americana proíbe um presidente de concorrer à reeleição mais de uma vez, limitando o tempo máximo de poder a dois mandatos.