Geórgia, Nevada, Pensilvânia: entenda a reta final das eleições dos EUA
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Nas últimas semanas, as atenções das campanhas do republicano Donald Trump e do democrata Joe Biden ficaram mais concentradas na Pensilvânia, com 20 delegados no Colégio Eleitoral. O estado continua sendo cobiçado pelo democrata, mas Geórgia e Nevada viraram apostas de Biden para assegurar um caminho alternativo para a vitória. O democrata também ganharia com uma combinação de estados com Arizona e Nevada. Trump precisa vencer na Pensilvânia e na Geórgia para se reeleger.
Na Geórgia, um reduto republicano faz algumas décadas, há chance de virada de Biden na apuração, na qual o presidente Trump estava à frente a tarde desta quinta-feira. Até as 19h10 de Brasília, o mapa do jornal "The New York Times" dizia que 98% dos votos haviam sido apurados na Geórgia. Trump tinha 49,5% contra 49,3% de Biden, uma dianteira de apenas 9.525.
Faltavam menos de 50 mil votos a serem contados. Nesse contingente, haverá votos antecipados pró-Biden em número suficiente? Este é um dos suspenses da reta final das eleições americanas.
Em Nevada, o jogo anda apertado. A vantagem de Biden se mantém estreita, mas a campanha democrata está confiante por avaliar que a maioria dos votos que resta a apurar será contra Trump.
No estado, segundo o "New York Times", 89% foram contados até agora. Biden tem 49,4% contra 48,5% de Trump. A vantagem do democrata é de 11.438 votos no estado, onde faltam cerca de 150 mil votos para contabilizar. Lá, todos os eleitores receberam votos via correio. Parte poderia votar presencialmente, mas o serviço postal ainda está entregando votos enviados até 3 de novembro, anteontem, o dia da eleição.
Para conquistar a Casa Branca, é preciso maioria absoluta, 270 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. Se conseguir os 6 votos de Nevada mais os 16 da Geórgia, Biden chegaria a 275 no retrato atual do mapa eleitoral e ganharia a parada.
No Arizona, o montante de votos a contar ainda pode permitir uma vitória de Trump, mas, nesta altura da apuração, isso não parece ser o destino mais provável. O estado, com 11 votos no Colégio Eleitoral, tende a ficar com Biden e se transformou numa opção importante para conquistar o poder.
Há 86% dos votos apurados no Arizona. Biden lidera com 50,5% contra 48,1% de Trump. São 67.906 votos de dianteira até a tarde desta quinta. Mas faltariam cerca de 400 mil a serem contados.
E a simbólica Pensilvânia, com seus 20 delegados no Colégio Eleitoral?
Lá ainda tem uma montanha de votos a ser apurada, cerca de 500 mil.
Trump está liderando na Pensilvânia com 50,1% contra 48,7% de Biden. O republicano, que vem caindo ao longo da apuração, estava com 90.542 votos de vantagem sobre Biden às 19h de Brasília.
No cômputo geral, já foi contada a maioria dos votos da América rural na Pensilvânia. Nas últimas horas, são checadas as escolhas da América urbana das grandes cidades, como a Filadélfia.
Nesta eleição, a América rural preferiu Trump. A América urbana se inclinou na direção de Biden e pode permitir uma virada na Pensilvânia que assegure a vitória do democrata.
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