Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Não há apoio no Congresso nem na sociedade para privatizar Petrobras
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Não há apoio político no Congresso nem respaldo da população à privatização da Petrobras. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, sabem disso. Mas usam o fantasma da venda da estatal como forma de amenizar o desgaste que sofrem com a alta do preço dos combustíveis.
É pura fake news, a fina flor do bolsonarismo.
Falar em privatizar a Petrobras é uma forma de tentar terceirizar a responsabilidade pela incompetência do governo para articular alguma medida que atenue a subida dos preços da gasolina, etanol, diesel e gás de cozinha.
Guedes é um ministro sem capacidade de articulação política no Congresso. Bolsonaro é um ignorante em série sobre políticas públicas, das relações internacionais aos programas sociais e por aí vai. A lista de incapacidades da dupla Guedes-Bolsonaro é imensa.
Nesse contexto, a nomeação do novo ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, faz parte da fábrica de factoides bolsonarista. Sem governo real, sem feitos a apresentar, Bolsonaro trocou o ministro das Minas e Energia para dar a entender que está tomando alguma decisão importante.
Espécie de Paulo Guedes piorado, Sachsida reúne todos os defeitos que um ministro de Estado não deveria ter: burro, preconceituoso, machista, sabujo...
A Petrobras não será privatizada no governo Bolsonaro. O presidente e o ministro da Economia não têm a menor ideia do que fazer para amenizar a alta dos preços dos combustíveis. Gastar tempo com esse debate só serve aos interesses de um governo que não governa.
Subsídio temporário
No curto prazo, é óbvio que deveria ser adotado algum tipo de subsídio para os setores que mais sofrem com a alta dos combustíveis. Tem de ser medida temporária e focada nos segmentos mais pobres e afetados pela monumental crise econômica que combina alto desemprego e inflação na Lua, a principal obra da dupla Guedes-Bolsonaro.
Truco
Apesar do bom desempenho de Lula em Minas Gerais, o palanque do petista no Estado está travado no momento. Há consenso no PT sobre o apoio a Alexandre Kali (PSD) para concorrer ao governo mineiro. No entanto, existe forte resistência petista a apoiar a reeleição de Alexandre Silveira (PSD) ao Senado.
As ameaças de Silveira de virar líder de Bolsonaro no Senado só criaram mais dificuldade e deram mais discurso à ala petista que tem dito a Lula que o pacote está saindo caro demais em Minas.
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