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PT avalia processar Marco Feliciano por fake news religiosa
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O PT avalia a possibilidade de tomar uma medida judicial contra o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), que assumidamente vem divulgando fake news contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais.
A campanha vai definir se fará representação formal ou se adotará apenas uma cobrança política para que a Justiça Eleitoral, especialmente o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), tome medida para punir Feliciano, que tem mentido ao falar que uma volta de Lula ao poder resultaria no fechamento de igrejas evangélicas.
Durante o tempo em que Lula e Dilma governaram, entre 2003 e 2016, nunca houve fechamento de templos religiosos.
No passado, o PT processou um pastor que divulgou mentira semelhante. No entanto, o pastor alegou ser vítima de perseguição religiosa. O partido avalia se vale a pena formalizar uma medida judicial contra Feliciano porque sabe que o deputado tentará adotar o figurino de vítima de intolerância religiosa.
Guerra das rejeições: A campanha de Lula deverá usar parte do horário eleitoral gratuito para manter a rejeição do presidente Jair Bolsonaro (PL) num patamar elevado. Mortes recordes na pandemia, volta da inflação e da fome e as críticas aos programas sociais deverão constar da propaganda petista no rádio e na TV.
Alívio petista: A pesquisa Ipec divulgada ontem foi considerada positiva pelo PT, pois mostrou Lula com liderança folgada, eventual possibilidade de vencer no primeiro turno, Ciro Gomes (PDT) em patamar baixo e Simone Tebet (MDB) estagnada. A rejeição de Bolsonaro (46%) também é vista como impeditiva de reeleição. A simulação de segundo turno apontou possibilidade de teto na casa dos 35%.
Os resultados do levantamento do Ipec também ajudariam a mobilizar os militantes nas ruas e nas redes sociais, crê o PT.
Batalha nas redes: A participação de André Janones (Avante-MG) nas redes sociais é vista pelo PT como uma aposta que está dando certo. O deputado federal pode bater em Bolsonaro e nos filhos políticos de forma mais incisiva. Também ajudou Lula a disputar a narrativa sobre o auxílio emergencial de R$ 600, carimbando a medida como eleitoreira da parte de Bolsonaro. O PT promete transformar a política e o valor em política pública contínua e não em benefício com data para acabar.
Frente pela democracia: A presença de Lula na posse do ministro do STF Alexandre de Moraes como presidente do TSE é o principal ato da campanha do petista no dia de hoje. De tarde, ele terá um evento em porta de fábrica no ABC, seu berço político e sindical, mas a vinda a Brasília é uma forma de prestigiar uma autoridade judicial que Lula considera fundamental para combater fake news do bolsonarismo.
A ida de Ciro e Tebet ao ato também mostra como é importante apoiar a Justiça Eleitoral num quadro em que Bolsonaro ataca as urnas eletrônicas, o TSE e faz ameaças golpistas. Todos estes assuntos foram temas do podcast do UOL "O Radar das Eleições".
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