Topo

Kennedy Alencar

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

No 1º turno, Lula deve comparecer somente a mais um debate, o da TV Globo

Colunista do UOL

30/08/2022 15h46

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

No primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá comparecer somente a mais um debate, o da TV Globo. A ida do petista também dependerá da presença do presidente Jair Bolsonaro. Sem Bolsonaro, Lula não irá.

Em relação a outros convites, a decisão da campanha do PT é declinar de todos eles. O partido vai concentrar forças para tentar vencer no primeiro turno, que acontecerá em aproximadamente um mês —em 2 de outubro. A campanha prefere dedicar o tempo a viagens pelo país, comícios, entrevistas e à propaganda no rádio e na TV.

Recomendação

Aos 76 anos, Lula goza de boa saúde, mas sua voz está mesmo mais rouca do que o usual. Ele tem falado muito e num tom alto. Foi aconselhado a descansar mais a voz e falar menos e num tom mais baixo.

Prioridades

A campanha petista prepara mutirão para tentar disputar com mais ênfase o voto evangélico. Haverá reforço para tentar frear o avanço de Bolsonaro nesse segmento.

Também serão priorizados atos de campanha para manter a alta intenção de voto em Lula no eleitorado feminino. Nesse caso, é para fazer contraponto ao presidente, que tem recorrido à primeira-dama Michelle Bolsonaro, e a duas candidatas mulheres, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

Caso pensado

Lula tem dito que o aceno que fez para Ciro Gomes no debate de domingo mirou mais o eleitor do que o ex-ministro. Lula se disse grato pelo pedetista ter sido seu ministro e falou que Ciro tinha o coração mais mole do que a língua.

O pedetista afirmou que Lula era um "encantador de serpentes" e que não tinha desavença pessoal. No entanto, criticou duramente o petista.

Para Lula, a reação de Ciro teria sido pior se tivesse partido para o ataque de cara. O ex-presidente, por exemplo, ouviu sugestão para cobrar coerência de Ciro. Ou seja, dizer que ele foi ministro e que, se viu corrupção acontecer, deveria ter denunciado, sob pena de conivência.

Essas notas foram temas do "Radar das Eleições", podcast do UOL sobre a campanha eleitoral.