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Lula decide que nomeará Marina ministra do Meio Ambiente

Lula e Marina  - Reuters
Lula e Marina Imagem: Reuters

Colunista do UOL

23/12/2022 19h43Atualizada em 23/12/2022 21h25

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicará a ex-senadora Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente. Não deu certo a tentativa de convencê-la a assumir o cargo de autoridade climática.

A ideia de Lula era nomear a senadora Simone Tebet (MDB) para a pasta do Meio Ambiente. Tebet se colocou à disposição para ocupar esse ministério desde que houvesse acordo com Marina. A ex-ministra, no entanto, se manteve firme em relação à pasta e persuadiu Lula .

O presidente eleito considera que ela tem peso simbólico nacional e internacional e que não poderia deixá-la fora do primeiro escalão.

O destino de Tebet continuava em aberto até a noite de hoje. Mas Lula decidiu que vai colocá-la no primeiro escalão. Ele pretende encontrar um ministério de peso para a senadora — terceira colocada nas eleições e que o apoiou no segundo turno.

Ao longo desta sexta, Lula teve reuniões para montar o xadrez ministerial. A intenção é anunciar a equipe completa na quarta ou terça-feira da semana que vem — até ontem foram anunciadas 21 pastas, falta a oficialização de outras 16.

Outros nomes definidos:

  • Renan Filho (MDB-AL) para a pasta dos Transportes.
  • O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) para a pasta das Comunicações. Paulo Pimenta (PT-RS) assumirá a Secretaria de Comunicação Social.
  • A ex-jogadora de vôlei Ana Moser assumirá a pasta do Esporte, num sinal claro de que Lula terá o ministério com maior número de mulheres da história do Brasil. Ele já anunciou seis ministras. Com Moser, Marina e Tebet, terá nove mulheres no primeiro escalão.
  • O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) deverá ser ministro das Minas e Energia se a bancada do partido na Câmara o apadrinhar.
  • Carlos Fávaro (PSD-MT) será o nome de Lula para a Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Como está a disputa dos partidos pelos outros postos na Esplanada

  • MDB e União Brasil disputam as pastas das Cidades e do Turismo. O União Brasil deverá comandar o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
  • O Ministério do Planejamento e Orçamento pode ser dado ao MDB, ao PT ou a um economista sem filiação partidária. Lula lamentou a recusa de André Lara Resende para esse posto.
  • A pasta do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar deve ficar na cota do PT.
  • Pesca e Aquicultura é disputada por PV, PT, Solidariedade e Avante, entre outros partidos aliados.
  • Há possibilidade de o PDT ficar com a Previdência Social.
  • Lula ainda não bateu o martelo sobre o Ministério dos Povos Indígenas, mas Sônia Guajajara, eleita deputada federal pelo PSOL em SP, é a mais cotada para o posto.
  • O general Gonçalves Dias é cotado para o Gabinete da Segurança Institucional.

Quem são as mulheres já anunciadas para a Esplanada:

  • Anielle Franco, ativista e hoje colunista de Ecoa, vai comandar a pasta de Igualdade Racial. Ela é irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, e atuou no gabinete de transição na temática "mulher".
  • Cida Gonçalves assumirá o Ministério da Mulher. Ela atuou como secretaria nacional do enfrentamento à violência contra mulher.
  • Esther Dweck ficará com a pasta da Gestão. É economista e foi secretária de Orçamento do Ministério do Planejamento durante a gestão de Dilma Rousseff.
  • Luciana Santos (PC do B) ocupará Ciência e Tecnologia. Foi vice-governadora de Pernambuco.
  • Margareth Menezes foi confirmada para a pasta da Cultura; a cantora foi nome defendido pela futura primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja,
  • Nísia Trindade Lima será a ministra da Saúde. Presidente da Fiocruz, ela comandou medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19.