SP perde R$ 4 bi ao vender Sabesp sem competição e ação mais barata
O colunista Kennedy Alencar afirmou no Análise da Notícia desta terça-feira (23) que o governo de São Paulo perdeu R$ 4 bilhões com a venda de 32% da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Segundo Kennedy, a Companhia foi vendida por um preço abaixo do mercado.
Quem ganhou vai depender ainda de um tempinho para saber. Mas, claramente, o estado de São Paulo perde na largada R$ 4 bilhões. Porque as ações foram vendidas por um preço 22% a menos que o preço de mercado. As ações do último pregão fecharam R$ 87. A empresa foi entregue a um único sócio, agora estratégico, por R$ 67. Kennedy Alencar, colunista do UOL
Arrecadou R$ 14,7 bilhões vendendo a R$ 67. Se tivesse vendido a R$ 87, teria arrecadado R$ 19,17 bilhões. O governador Tarcísio vendeu a principal empresa de saneamento do Brasil, a segundo maior do mundo, num processo sem competição. Kennedy Alencar, colunista do UOL
Para Kennedy, além da venda por um valor abaixo do mercado, a privatização da Sabesp também foi feita sem competição.
Foi um processo que resultou só numa empresa. Afastou fundos de investimentos. Não são só os especialistas que criticam. Tem gente do mercado, fundos de investimento, que dizem que foram vendidos por um preço muito barato. Kennedy Alencar, colunista do UOL
Teve duas cláusulas ali que afastaram os competidores. A Equatorial, que é a sócia estratégica, não tem tradição na área de saneamento, e sim na área de energia. Outras empresas com tradição em saneamento básico não participaram. Foram afastadas do certame. Kennedy Alencar, colunista do UOL
Olha, falam que a tarifa vai ser reduzida, vai ter desconto de 10% para tarifa social, 1% mais baixa para residencial e 0,5% para demais categorias. Isso está acontecendo só porque vendeu sem competição? Se tivesse mais competição, não seria possível ter condições melhores? Kennedy Alencar, colunista do UOL
Kennedy destacou ainda que há no contrato cláusulas que afastam a obrigação da empresa de concluir a universalização do saneamento básico até 2033, como manda o Marco do Saneamento.
Tendência altíssima de ficar para 2040 e eventualmente para depois. Vamos dar mais um prazo, porque realmente não deu. Olha, é um feito. Maior empresa empresa de saneamento do Brasil, segunda maior do mundo, vendida sem competição e com ação um preço 22% abaixo de mercado. Kennedy Alencar, colunista do UOL.
O Análise da Notícia vai ao ar às terças e quartas, às 13h e às 14h30.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja abaixo o programa na íntegra:
Opinião
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