Rastro no sistema 'delatou' monitoramento de Abin paralela em caso Marielle
A CGU (Controladoria-Geral da União) descobriu que a "Abin paralela" monitorava a promotora do caso Marielle Franco por causa de um rastro deixado no sistema.
A sindicância sobre a "Abin paralela" começou em agosto de 2023. Durante os trabalhos, a CGU descobriu que toda impressão de material gera um "log" — um registro no sistema que funciona como um rastro para mostrar quem abriu ou imprimiu um documento.
Ao analisar o material, os investigadores descobriram que, entre os documentos impressos pela "Abin paralela", estava o currículo da promotora sem o logo da agência. Isso levantou uma suspeita, pois o material não tinha relação com as atribuições da agência e tampouco com nenhum alvo, mas havia sido produzido em uma impressora da agência.
Os registros no sistema mostraram que os documentos foram elaborados pelos policiais federais requisitados por Ramagem, então diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Os policiais envolvidos no episódio foram alvo de mandado de busca e apreensão na operação desta quinta.
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