Biden mantém vinda para o G20 no Brasil, apesar de vitória de Trump
O presidente norte-americano, Joe Biden, mantém a agenda de viagem ao Rio de Janeiro para a cúpula do G20, marcada para 18 e 19 de novembro. Fontes ligadas ao evento afirmam que não houve indicativo de mudança, mesmo após a vitória do republicano Donald Trump nesta madrugada nas eleições no país.
A viagem foi confirmada pelo próprio Biden ao presidente Lula em um telefonema em 30 de julho deste ano, segundo nota divulgada à época pelo Palácio do Planalto. Há duas semanas, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, disse que a viagem estava mantida.
Um diplomata destaca que esse tipo de deslocamento requer uma grande operação de segurança que começa muito antes da chegada do presidente ao país visitado. Além disso, afirma outro diplomata, a possibilidade de Trump vencer o pleito às vésperas do G20 já estava contabilizada, uma vez que as pesquisas eleitorais indicavam um cenário apertado. E Biden continua sendo o presidente dos Estados Unidos até 20 de janeiro de 2025.
A agenda do G20 discute pautas apoiadas por Biden, como a reforma de instituições multilaterais e iniciativas para mitigar o aquecimento global. Os Estados Unidos vão sediar o G20 em 2026, depois da África do Sul, que assume a presidência do grupo após o Brasil.
A expectativa, portanto, é que ele só cancele o compromisso em caso de uma emergência.
A embaixada americana não comentou o assunto oficialmente.
Primeira viagem desde 2011
A viagem de Biden ao Rio de Janeiro será a primeira de um presidente dos Estados Unidos ao Brasil desde 2011, quando Barack Obama veio ao país.
Naquele ano, Obama foi recebido em Brasília pela então presidente, Dilma Rousseff, e participou de encontros com empresários. Ele também foi ao Rio e visitou o Corcovado.
Em seu primeiro mandato, Trump se encontrou algumas vezes com o ex-presidente Jair Bolsonaro, quando este foi aos Estados Unidos, mas não veio ao Brasil.
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