Falhas de adversário amenizam erros de Bolsonaro

Na Live UOL de hoje (11), comentei a pesquisa da Quaest Consultoria, que aponta, entre eleitores de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 37% das intenções de voto e o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 35%.

Com margem de erro de dois pontos percentuais, os dois estão tecnicamente empatados, no levantamento estimulado —quando os entrevistados recebem uma lista prévia de nomes.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 7%, e a senadora Simone Tebet (MDB), com 3%. Brancos e nulos somam 9% e os indecisos 6%.

Lula e Bolsonaro aparecem empatados tecnicamente também na pesquisa espontânea. O petista com 27% e o presidente com 26%.

A diferença menor entre os dois principais candidatos à Presidência mostra que a campanha de Lula —que insiste em apresentar como único plano de governo apenas a figura do petista e mais nada— começa a perder força.

Luloafetivos, que aceitam qualquer coisa vinda do mestre, são os que fazem mais barulho, mas não representam a maioria. O grande eleitorado do petista vota objetivamente e precisa analisar e pesar pontos positivos e negativos dos planos de governo, que, aliás, no caso do PT sempre foram sérios e bem elaborados.

Não apresentar nenhum plano baixa o ex-presidente ao mesmo nível de Bolsonaro, de quem nunca se exigiu promessa alguma. Mas que, nesse caso, consegue perder menos por suas falhas graças aos erros do adversário.

Na Live UOL de hoje, falamos também sobre a proposta de Ciro Gomes (PDT) de adotar o "Renda Mínima Universal Eduardo Suplicy", com auxílio de R$ 1 mil por domicílio vulnerável, e sobre o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello, que declarou voto em Bolsonaro, caso as eleições cheguem ao segundo turno.

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