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Madeleine Lacsko

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Por que Bolsonaro se coloca no lugar de Jesus?

Colunista do UOL

15/08/2022 20h10

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Na Live UOL de hoje (15), falei sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da primeira-dama, Michelle, na Marcha para Jesus no Rio de Janeiro.

De cima de um trio elétrico, ela comandou parte do evento, cantando, dançando e cumprimentando fiéis. "Declaramos o Rio de Janeiro liberto de todos os espíritos que não vem do Senhor", disse ao microfone.

Já o presidente aproveitou o encontro para convocar os evangélicos para que participem de atos no dia 7 de setembro. "Vamos todos, às 15h, estarmos presentes em Copacabana, onde vamos dar um grito muito forte, dizendo a quem pertence essa nação e o que nós queremos, que é transparência e liberdade", pediu Bolsonaro.

Colocando-se como o "messias" da marcha, no lugar de Jesus, o presidente também pediu para que os fiéis se preocupem com o currículo deles para a vida eterna. "Um currículo que tem a ver com as nossas decisões e com as possíveis omissões", explicou, pedindo também as bençãos de Deus.

Fruto do populismo que marca as eleições, Bolsonaro mostra que conseguiu atingir um nível de idolatria nunca permitido antes pela população evangélica, cada vez mais usada para fins eleitoreiros.

Na Live UOL de hoje, falamos também sobre as críticas de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) à fuga dos dois principais candidatos dos debates presidenciais e sobre o procurador-geral da República, Augusto Aras, que afirmou que se Bolsonaro perder as eleições e se recusar a deixar o Planalto, será uma "afronta à democracia".

Ao lado de Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.