Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Nem Odorico Paraguaçu faria discurso como o de Bolsonaro no 7 de setembro
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Na cobertura especial do 7 de setembro, no UOL ao vivo, falei sobre o Bolsonaro Day, na data que deveria comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil, mas foi sequestrada pelo presidente para usos pessoal e eleitoral.
Em um discurso desrespeitoso e agressivo, em Brasília, o candidato do PL à reeleição, mentiu, pediu votos e puxou um coro de "imbrochável" após citar a esposa, Michelle, e compará-la a outras primeiras-damas.
"Vamos todos votar, vamos convencer aqueles que pensam diferente de nós, vamos convencê-los do que é melhor para o nosso Brasil. Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas", disse o presidente, que voltou a afirmar que as eleições são uma "luta do bem contra o mal".
Seguindo a tática olavista de descer cada vez mais a ladeira, Bolsonaro fez um discurso que nem Odorico Paraguaçu, personagem cômico de Dias Gomes, faria. Uma fala que, ao ser aplaudida por seus apoiadores, retrata os anos de tabu sobre o ensino de civismo e patriotismo, deixados de lado por causa do ranço da ligação que os temas poderiam ter com a ditadura militar.
Quem aplaude um discurso como o de hoje faz parte de uma geração que não aprendeu a amar o país ou os símbolos pátrios. Acha que o que faz é em defesa da Pátria, sem se dar conta de que, na realidade, está sendo usado por um aventureiro populista que conseguiu chegar ao poder.
A Live UOL estará de volta hoje. Ao lado de Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.
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