Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Radicais como Janones mostram que lulismo repete bolsonarismo de 2018
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Na Live UOL desta quarta-feira (22), falei sobre o deputado federal André Janones (Avante-MG), que tem mostrado —principalmente por seu comportamento nas redes sociais— a proximidade entre o lulismo radical e o bolsonarismo de 2018.
Candidato à reeleição na Câmara, Janones deixou a educação de lado e foi ao Twitter escrever que a defesa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de um voto pró-democracia pode ser o "último ato político" do tucano.
A manifestação foi feita minutos depois de FHC publicar uma nota, na qual pediu aos eleitores —sem citar nomes— para que escolham, na próxima eleição, candidatos comprometidos com o combate à pobreza, a preservação do meio ambiente e o fortalecimento das instituições. Aos 91 anos, o ex-presidente também explicou o porquê de não participar mais ativamente do debate político atual.
"Como é do conhecimento público, tenho idade avançada e, embora não apresente nenhum problema grave de saúde, já não tenho mais energia para participar ativamente do debate político pré-eleitoral".
Mostrando problemas com a interpretação de textos —já que enxergou na publicação de FHC o apoio do tucano à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)—, Janones se disse emocionado e, em um ato de incivilidade, decidiu "matar" o ex-presidente.
"Nunca imaginei FHC me emocionar, mas arrepiei lendo esse tuíte! Não há nada de mais belo na humanidade do que a democracia, pois ela precede qualquer manifestação de amor pelo próximo! Talvez essas palavras seja [sic] seu último ato político, Fernando Henrique Cardoso, e você passa pra história como gigante!", escreveu o deputado.
Com a publicação, Janones mostra que o lulismo repete o bolsonarismo em 2018. E, apesar de esperar um resultado diferente para ele e outros radicais, esquece que esse é um fim impossível quando se faz exatamente a mesma coisa.
Os moderados também repetem o mesmo comportamento dos liberais que aderiram ao bolsonarismo. Em primeiro lugar, um silêncio ensurdecedor diante dos radicais, tratando seus alvos como danos colaterais, não seres humanos com dignidade. Quando alguém questiona o radicalismo, a única preocupação é isentar o líder da candidatura de qualquer responsabilidade. Parte da militância vai se acostumar a agredir livremente e contar com justificativa moral, algo que vira um vício.
Na Live UOL, falamos também sobre o presidente do Banco Central no governo Lula, Henrique Meirelles, que manifestou apoio à candidatura petista, na reta final de campanha; e sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), que voltou a afirmar que vai ganhar as eleições no primeiro turno.
Ao lado de Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.
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