Sem citar nomes e com indireta a Bolsonaro, FHC defende voto pró-democracia
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou hoje uma nota em que defende um voto "pró-democracia" nas eleições deste ano. Embora não não cite nenhum candidato nominalmente, FHC se manifestou de forma velada contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
Peço aos eleitores que votem no dia 2 de outubro em quem tem compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade, defende direitos iguais para todos independentemente da raça, gênero e orientação sexual, se orgulha da diversidade cultural da nação brasileira, valoriza a educação e a ciência e está empenhado na preservação de nosso patrimônio ambiental, no fortalecimento das instituições que asseguram nossas liberdades e no restabelecimento do papel histórico do Brasil no cenário internacional Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República
A indireta contra Bolsonaro ocorre porque o atual governo foi marcado por atrito entre os Poderes, ataque à eficácia das vacinas contra covid-19 e aumento nas taxas de desmatamento.
O PT esperava que o ex-presidente manifestasse apoio à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno, mas não houve acordo. Segundo o UOL apurou, a campanha petista interpretou a nota de FHC como um apoio a Lula.
Além de FHC, o senador José Serra (PSDB-SP) também foi abordado pelo partido. O plano era que os tucanos integrassem a frente de ex-presidenciáveis favoráveis à candidatura de Lula.
Na última segunda (19), o petista se reuniu com oito ex-candidatos que declaram apoio a ele: seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), Guilherme Boulos (PSOL), Luciana Genro (PSOL), Cristovam Buarque (Cidadania), Marina Silva (Rede), Fernando Haddad (PT), Henrique Meirelles (União Brasil) e João Goulart Filho (PCdoB).
Indireta a Bolsonaro
Na nota, FHC defende um candidato comprometido com o fortalecimento das instituições. Bolsonaro está em constante atrito com o poder Judiciário, já xingou integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) e diz que não cumpriria nenhuma decisão do ministro Alexandre de Moraes.
O tucano também fala em defesa da ciência, contrariada pelo atual presidente quando atacou as vacinas contra covid-19. Ele próprio diz não ter se imunizado contra a doença, cuja gravidade negou diversas vezes.
Fernando Henrique também pede empenho na preservação ambiental. Só em agosto deste ano, foram desmatados 1.600 km de floresta na Amazônia, segunda maior taxa para o mês desde 2015.
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