Raquel Landim

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Odebrecht tem condenações por suborno anuladas na República Dominicana

A Suprema Corte da República Dominicana anulou as duas únicas condenações por suborno que haviam resultado da delação da Odebrecht no país.

Em 2016, a construtora brasileira, que hoje se chama Novonor, confessou ter pago US$ 92 milhões para conseguir obras num esquema que envolvia 14 pessoas. Os nomes dos envolvidos, no entanto, nunca apareceu.

Havia suspeitas de que podia chegar ao mais alto escalão do país, mas os processos seguiram para apenas dois indivíduos, que, agora, sem provas suficientes obtidas pelo Ministério Público, foram absolvidos.

Representantes da Procuradoria-Geral da República do país chegaram a vir ao Brasil na época da Operação Lava Jato para obter as provas do acordo de delação da Odebrecht diretamente da equipe brasileira.

No auge do escândalo, a República Dominicana chegou a suspender obras da Odebrecht, como cinco estradas. A empresa foi a responsável por construir a hidrelétrica de Punta Catalina que gera mais da metade da energia do país.

A República Dominicana era um dos poucos países do esquema de corrupção internacional da Odebrecht onde havia a perspectiva de alguma consequência. Com exceção do Peru, onde muitos foram punidos e o ex-presidente Alan Garcia chegou a se suicidar, nada aconteceu na Venezuela, em Moçambique ou Angola.

Procurada, a Novonor não quis se manifestar. A empresa não opera mais na República Dominicana.

Fontes da companhia dizem que a empresa entregou as provas e fez uma delação premiada extensa e que agora o processo cabe ao Judiciário e ao Ministério Público de cada país.

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