Marçal tenta atrair atenção, campanhas de Nunes e Boulos querem esquecê-lo
As campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) querem esquecer Pablo Marçal (PRTB).
Conforme apurou a coluna, a lógica é que, se o eleitor tirou o ex-coach da disputa, Marçal não deve mais ser a pauta da campanha à Prefeitura de São Paulo.
"Vocês tem que parar de falar dele", disse um aliado de Nunes à coluna ao ser questionado sobre uma eventual aliança entre os dois.
Marçal está tentando criar fatos para chamar a atenção, como o anúncio nesta terça-feira (8) de quem vai apoiar no segundo turno. Chamou uma coletiva de imprensa e vem fazendo posts nas redes sociais.
Com um percentual de 28% dos votos válidos no primeiro turno, o ex-coach ganhou um cacife eleitoral importante.
Nunes, no entanto, já declarou publicamente e em conversas reservadas que não quer Marçal em seu palanque. O caminho mais natural seria o apoio dele ao prefeito, que é o candidato da direita.
O rechaço de Nunes e Boulos ao adversário se deve à agressividade da campanha no primeiro turno.
Marçal disse várias vezes que ia "mandar prender" o prefeito e o questionou sobre o boletim de ocorrência feito por sua esposa.
Acusou Boulos, sem provas, de usar drogas e chegou a divulgar um laudo médico falso contra ele na véspera da eleição.
Para aliados de Nunes e Boulos, Marçal agora tem que se entender com a Justiça, já que está sendo investigado pela Polícia Civil, Polícia Federal e pela Justiça Eleitoral.
Após a derrota, o empresário disse que "2026 é logo ali", mas são grandes as chances de ele ficar inelegível por oito anos.
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