Raquel Landim

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'Após eleição, vamos pressionar Lira por anistia a Bolsonaro', diz Valdemar

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, afirmou à coluna que vai pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), para colocar em votação a PEC da Anistia, incluindo um perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ele afirma que as negociações começam na semana que vem após as eleições municipais e que vai aproveitar a força política das vitórias da centro-direita. Também diz que a barganha pode incluir o apoio para a escolha do novo presidente da Câmara.

"È vida ou morte para nós. Só temos Bolsonaro como opção para 2026", justificou Valdemar. O desejo do dirigente do PL é que o ex-presidente recupere seus direitos políticos.

Bolsonaro foi declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Questionado se considera o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) como uma opção para a Presidência em 2026, Valdemar diz que não.

"Tarcísio é um grande cara. Está indo bem, mas ainda não", afirmou. Em declarações anteriores, ele já havia se referido ao governador paulista como uma possibilidade.

Bolsonaro está sendo investigado pela Polícia Federal em uma série de inquéritos e sua situação pode se complicar para além da perda de direitos políticos.

Conforme revelou o UOL, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, relacionou pela primeira vez as investigações sobre a tentativa de golpe com os atos de 8 de janeiro, que quebraram os prédios dos três Poderes.

Na avaliação de Valdemar, é preciso votar a anistia até o final do ano para evitar novas negociações com o futuro presidente da Câmara. As eleições para a presidência da casa ocorrem em fevereiro de 2025.

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Segundo o presidente do PL, o partido, que tem a maior bancada da Câmara, apoia Hugo Motta (Republicanos), seguindo a orientação de Lira. Mas o compromisso com a anistia a Bolsonaro é importante.

O PL elegeu prefeitos em duas capitais no primeiro turno e disputa em outras nove no segundo turno. Em vários confrontos, os adversários são de centro direita. Valdemar afirma que seu desafio, a partir de agora, é atrair políticos de centro para alianças com a direita.

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