Raquel Landim

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Temer sugere 'anistia modulada' para condenados pelo 8/1 e pede pacificação

O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou ao UOL que é a favor de uma espécie de "anistia modulada" para os condenados pelo 8 de Janeiro.

"A punição pelos ataques foi muito adequada. Afinal o que ocorreu não foi apenas uma invasão dos prédios, mas um ataque contra os poderes constituídos. O Supremo agiu corretamente", afirmou o ex-presidente.

"Mas o tempo passa. Sou favorável a uma anistia modulada. Quem está na prisão poderia ter a pena alterada para o cumprimento de atividades sociais por dois a três anos. É uma forma de pacificar o país", completou

Questionado se defende que a anistia inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro, Temer preferiu não comentar. Ele participou nesta terça-feira (29) do Lide Brazil Conference, em Londres, evento realizado por UOL, Folha de S.Paulo e Lide.

Temer já foi várias vezes acionado como um mediador entre Bolsonaro e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

No episódio mais recente, transmitiu um pedido para a liberação do passaporte de Bolsonaro a fim de participar de uma eventual posse de Donald Trump, caso seja eleito presidente dos Estados Unidos. Moraes não concordou.

Ainda nesta terça, o presidente da Câmara, Arthur Lira, criou uma comissão especial para tratar da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Anistia, o que, na prática, adia a discussão do assunto para o ano que vem.

Lira vinha sendo pressionado pelo PL para colocar o tema para votar e pelo PT para não pautar a PEC. O assunto está influenciando na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, marcada para fevereiro de 2025.

Também hoje ele apontou o deputado Hugo Motta (Republicano) como seu candidato para sucedê-lo.

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