Raquel Landim

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Tarcísio lidera com folga para reeleição, Marçal é 2°, diz Paraná Pesquisas

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem um caminho fácil para a reeleição ao governo de SP em 2026. Mas, se decidir se lançar à Presidência, a estratégia de Jair Bolsonaro (PL) de se manter candidato até o último momento, ainda que denunciado por golpe de Estado, pode atrapalhar seu caminho.

Essa é a conclusão de analistas políticos e especialistas em marketing eleitoral com os quais a coluna conversou depois da divulgação de novo levantamento da Paraná Pesquisas nesta quinta-feira (21).

Caso opte pela reeleição, como vem declarando publicamente, Tarcísio tem hoje 40,5% das intenções de votos, bem à frente do segundo colocado, Pablo Marçal (PRTB), com 20,5%, aponta a pesquisa. Veja os números:

Veja o resultado da pesquisa estimulada —quando os eleitores recebem a lista com o nome dos possíveis candidatos:

  • Tarcísio de Freitas - 40,5%
  • Pablo Marçal - 20,5%
  • Marcio França - 12,6%
  • Alexandre Padilha - 7,7%;
  • Filipe Sabará - 1,5%;
  • Não sabe/não respondeu - 5%;
  • Nenhum/branco/nulo - 12,2%.

Candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, Marçal tem poucas chances de permanecer na disputa até 2026. Ele enfrenta diversos processos nas Justiças eleitoral e comum e pode ficar inelegível. O mais grave deles é a acusação de ter divulgado um laudo falso contra o adversário Guilherme Boulos (PSOL), acusando-o de cheirar cocaína.

Sem Marçal, Tarcísio poderia vencer no primeiro turno.

Cenário sem Tarcísio em SP

Se o governador de São Paulo desistir da reeleição e indicar o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), a situação se complica um pouco para a direita.

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Nesse cenário alternativo, Marçal tem 28,3% das intenções de voto, Nunes tem 27,2%, Márcio França, 14,6%, Alexandre Padilha, 7,7%, e Filipe Sabará, 1,5%.

No entanto, na avaliação de analistas políticos, as chances de Tarcísio disputar a Presidência da República são pequenas.

Bolsonaro candidato

Na terça-feira, a Polícia Federal deflagrou uma operação que revelou um plano de militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro de dar um golpe de Estado e matar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Essa revelação enterrou de vez qualquer chance de anistia de Bolsonaro com a recuperação de seus direitos políticos.

Isso não significa, no entanto, que uma prisão preventiva de Bolsonaro esteja próxima. E até que o caso transite em julgado com todas as apelações, o ex-presidente deve adotar a estratégia de seguir candidato e só desistir na última hora —a mesma seguida por Lula quando estava preso e inelegível em 2018.

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Neste cenário, Tarcísio, que teria até abril de 2026 para renunciar e concorrer à Presidência, ficaria com poucas opções e pode preferir se manter governador e candidato à reeleição.

Além disso, o enfraquecimento da direita com as investigações de golpe favorece Lula como candidato à reeleição. Em 2030, o governador paulista já enfrentaria o candidato a sucessor do atual presidente.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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