Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Andressa Urach age de má-fé, diz Universal à Justiça
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A Igreja Universal do Reino de Deus disse à Justiça que a modelo Andressa Urach agiu de má-fé no processo em que cobra a devolução de cerca de R$ 2 milhões em doações feitas à instituição entre 2015 e 2019.
A modelo declarou que foi "abduzida" pela Igreja após um problema grave de saúde e que, "iludida pelas promessas de solução espiritual", passou a contribuir financeiramente com a Universal, o que lhe teria causado "a perda desenfreada do seu patrimônio".
Andressa disse ter doado cerca de R$ 1,5 milhão em dinheiro para a Universal, além de quatro veículos (Porsche Cayenne, Land Rover Evoque, Renaut Fluence e Hyunday i30). "Fui iludida, ludibriada, enganada e escancaradamente roubada pela Igreja, durante um momento de total fraqueza", afirmou à Justiça. Além da devolução das doações, ela exige uma indenização por danos morais.
A Universal não apresentou ainda defesa, mas afirmou à Justiça que a modelo agiu com "má-fé" ao dizer que, em razão das doações feitas à Igreja, não tem nem condições financeiras para arcar com as taxas judiciais que são cobradas para o andamento do processo (cerca de R$ 50 mil), aberto no Rio Grande do Sul.
Na petição enviada à Justiça, a Igreja disse que ela tem plena capacidade de pagar as despesas e cita que, no concurso "Miss Bumbum 2021", em julho, ela "ostentou" um colar com o nome do marido, avaliado em R$ 20 mil, bem como um vestido "que lhe custou R$ 100 mil por ter sido produzido com cristais".
A Igreja afirma ainda que Andressa tornou-se "abastada" financeiramente ao escrever um livro contando sobre a sua conversão religiosa à Universal. "Somente em 2015, ela recebeu R$ 1,9 milhão a título de direitos autorais", declarou no processo.
A modelo diz que a Igreja "falta com a verdade" ao declarar que ela tem condições de pagar as taxas. "Os livros renderam frutos no ano de 2015, há mais de 6 anos", disse o seu advogado no processo. "Seu patrimônio não é expressivo."
A Justiça não aceitou o pedido de isenção das taxas por considerar que Andressa tem uma condição financeira "razoável", mas parcelou a cobrança em dez vezes.
A Universal defende que a Justiça reconsidere a possibilidade de parcelamento.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.