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Ewerton de Castro é condenado a pagar R$ 210 mil à Globo por largar série
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Em 2002, o ator Ewerton de Castro abandonou as gravações da minissérie "O Quinto dos Infernos" por considerar que estava sendo desrespeitado pela Globo.
Com quase 20 anos de casa, Castro já havia desempenhado papéis importantes em novelas da emissora como "Roque Santeiro", "Fera Ferida" e "De Corpo e Alma" e ficou incomodado ao descobrir que o seu personagem [Cauper, um comerciante], segundo as suas próprias palavras, "não tinha a menor importância" na minissérie.
"Não fui respeitado artisticamente. Meu personagem não tinha falas e quase nunca era enquadrado pela câmera. Não pensei que eles chamariam a mim, um profissional com 34 anos de carreira, para fazer praticamente uma figuração", afirmou à época.
Reclamando da quebra de contrato, a Globo processou o ator exigindo o pagamento de uma multa. À Justiça, a emissora afirmou que foi pega de surpresa e que sofreu inúmeros transtornos com o abandono.
"Diante do inexplicável desaparecimento de um de seus personagens, foi preciso alterar o roteiro, reescrevendo vários capítulos, tentando, de alguma forma, não prejudicar o conteúdo da obra", declarou a emissora no processo.
A Globo disse que o ator havia sido contratado como coadjuvante e que não houve falta de respeito ao profissional. "Por mais famoso que seja, um ator não pode interferir nos critérios de direção e de produção de uma obra."
No último dia 15 de maio, 21 anos depois, a Justiça deu razão à emissora e condenou o ator a pagar a multa contratual, acrescida de juros e correção monetária, cerca de R$ 210 mil (cálculo extraoficial, a ser confirmado pela Justiça).
A Justiça considerou na decisão que o ator, ao celebrar o contrato, recebeu previamente o script da minissérie e que lá estava claro que a sua atuação seria de menor importância. O juiz Rogério Arruda disse na sentença que Ewerton deixou a minissérie por "descontentamento e arrependimento", mas que a Globo cumpriu os termos acertados.
O ator ainda pode recorrer.
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