Santista com salário de R$ 116 mil pede Justiça gratuita e juiz nega: Má-fé
O jogador Felipe Jonatan, lateral-esquerdo do Santos, disse à Justiça passar por "dificuldades econômicas".
A declaração foi feita pelo atleta ao solicitar o benefício da Justiça gratuita, concedido às pessoas que, em situação de pobreza, não têm condições de arcar com as custas e demais despesas de um processo.
No caso de Jonatan, ele deveria pagar R$ 1.940,00 em custas.
O juiz José Wilson Gonçalves rejeitou o pedido e disse que o atleta agiu de má-fé, "deixando de informar, desde logo, que se trata de importante jogador do Santos, que, por certo, não tem renumeração irrisória".
O termo "má-fé" foi usado uma segunda vez pelo juiz no processo após ter recebido informação da equipe que Jonatan recebe uma remuneração mensal de R$ 116 mil.
"A postulação deve ser ética e responsável, não se tolerando abusos ou a estratégia do 'se colar, colou'", declarou o magistrado.
O advogado Renan Barbosa de Azevedo, que representa o jogador, disse não ter havido má-fé, uma vez que a solicitação "não implicou em prejuízo algum à parte adversa".
Ele afirmou à Justiça que o atleta apenas exerceu seu direito, considerando o flagrante prejuízo financeiro suportado e a dificuldade econômica pela qual ele passa atualmente. "Não houve abuso."
De acordo com o advogado, o valor necessário para o pagamento das custas (R$ 1.940,00) "impacta duramente o equilíbrio financeiro do atleta, prejudicando sua saúde financeira".
O pedido de Justiça gratuita foi feito pelo atleta em um processo no qual ele reclama o pagamento de cerca de R$ 194 mil de uma empresa com a qual assinou um contrato de investimento (aluguel de criptomoedas). Segundo Jonatan, a empresa deixou de lhe repassar a remuneração devida.
A empresa ainda não foi citada pela Justiça, e o processo não foi julgado.
Em abril, o atleta rompeu o ligamento do joelho e está afastado dos gramados, em recuperação.
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