Rogério Gentile

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Reportagem

Homem que apalpou mulher em elevador vira réu em outro caso de crime sexual

A Justiça do Ceará aceitou uma nova denúncia contra o assessor de investimentos Israel Leal Bandeira Neto, de 42 anos, que agora é réu em um segundo processo por importunação sexual.

No início do ano ele foi denunciado após ter sido filmado tocando as partes íntimas de uma nutricionista em um elevador de Fortaleza.

Encorajadas após novo caso

A segunda acusação foi feita por duas mulheres, mãe e filha, de 41 e 24 anos, respectivamente, que disseram à polícia terem sido apalpadas por ele no dia 18 de dezembro de 2022.

Elas afirmaram que à época não registraram boletim de ocorrência, pois acharam que o caso não daria em nada e que nunca mais teriam notícias do responsável pelo ataque.

Mas, ao assistirem ao vídeo da importunação à nutricionista, reconheceram Israel como sendo a mesma pessoal do episódio de 2022 e sentiram-se encorajadas a procurar a polícia.

As mulheres disseram em depoimento que o ataque ocorreu no elevador de um prédio residencial de Fortaleza, onde participavam de uma festa de aniversário. Segundo elas, Israel apertou suas nádegas.

Elas afirmaram que tudo ocorreu muito rápido, e que ficaram sem reação, com medo do que poderia ocorrer. Disseram não saber se a mulher que acompanhava Israel na festa percebera o que aconteceu. Um segundo ataque, declararam, ocorreu quando saiam do prédio.

Israel nega acusações

Israel confirmou à polícia que esteve na festa de aniversário no edifício de Fortaleza, mas negou que tivesse importunado as mulheres.

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Segundo ele, não houve nenhum incidente.

O assessor de investimentos afirmou que não havia ninguém no elevador quando desceu com a esposa, saindo da festa. Declarou não conhecer as mulheres e que não sabe dizer se elas estavam no evento.

Ao aceitar a denúncia e dar início ao processo penal, a juíza Cristiane Maria de Faria determinou que ele apresente defesa em 10 dias.

O processo ainda não tem data para ser julgado. A pena por importunação sexual é de um a cinco anos de reclusão.

"Profundamente arrependido"

Em relação ao caso da nutricionista, cujas imagens viralizaram nas redes sociais, Israel disse na defesa apresentada à Justiça estar "profundamente arrependido", mas que "o fato tomou uma conotação absurdamente desproporcional", citando ter sido demitido do seu emprego e sofrido "gravíssimas ameaças".

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"Há em curso um verdadeiro linchamento virtual", afirmaram à Justiça os advogados Bruno Oliveira e Jamylle Rodrigues, que os representam.

A defesa disse no processo que o pedido de indenização de R$ 300 mil, feito pela nutricionista em uma ação cível, é excessivo.

Reportagem

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