Ex-paquita é processada sob acusação de racismo em reality da Record
A atriz Catia Paganote, que participou neste ano da segunda temporada do programa "A Grande Conquista", da TV Record, está sendo processada na Justiça paulista por uma colega do reality show que a acusa de racismo.
Thay Sampaio disse à Justiça que Paganote, famosa por ter sido a paquita Miúxa, no "Xou da Xuxa", no final dos anos 80, teria cometido o crime quando conversavam no banheiro.
Segundo ela afirmou no processo, Paganote lhe perguntou "se ela não tinha dificuldades para manter o cabelo limpo, uma vez que o cabelo parecia um ninho de passarinhos".
Ela disse ainda que tentou explicar à atriz que era errado se referir ao cabelo de pessoas negras dessa forma pejorativa, como se o cabelo crespo não fosse higiênico, mas ouviu uma resposta agressiva: "Você não sabe com que está falando", teria dito Paganote, sempre segundo o relato de Thay.
Thay registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Itapecerica da Serra ao sair do programa. Na ação, ela pede uma indenização por danos morais de R$ 100 mil e que Paganote seja obrigada a participar de um curso em alguma reconhecida instituição antirracista.
"É preciso destacar que tais agressões se deram dentro de um reality trasmitido 24 horas por dia pela segunda maior emissora de TV do país", afirmaram os advogados José Luiz de Oliveira e Luciane dos Santos Silva, que a representam. "Sendo assim, resta mais do que comprovado o quanto a imagem da autora do processo foi abalada com tais comentários de ódio por parte da ré [Catia Paganote]."
A coluna procurou a atriz para ouvir sua versão sobre os fatos, mas sua assessoria de imprensa declarou que ela "não daria palco a quem quer minutinhos de fama".
Leia abaixo a íntegra da nota, assinada pela assessora Roberta Nuñez
"Desconheço o assunto, minha assessorada não foi citada, intimada e se isso ocorrer nosso jurídico irá se manifestar [sic].
Não vamos dar palco a quem quer minutinhos de fama.
O que mais me surpreende é um jornalista que tem a mesma profissão que a mim não analisar todos os fatos e dar palco a informações e fatos apenas falado [sic], porque falar até papagaio fala.
Um colega de profissão mandar um e-mail querendo informações sem cumprir corretamente com sua profissão, me deixa muito preocupada. O código internacional de ética jornalística proclama que o dever supremo do jornalista é servir a causa do direito a uma informação verídica e autêntica através duma dedicação honesta à realidade objectiva e duma exposição responsável dos fatos no seu devido contexto, destacando as suas relações essenciais [sic].
Essa é a versão da atriz a qual por direito se algo for publicado a resposta dela, exatamente tudo que esta acima [sic]".
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