Thais Bilenky

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Lira tenta emplacar amigo de 'caminhada e uísque' na presidência da Câmara

A costura de Arthur Lira (PP-AL) para fazer o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) seu sucessor na presidência da Câmara é uma forma de manter sua influência sem o ônus de bancar um nome que desagrade o governo Lula (PT).

O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), abriu mão de disputar a presidência da Câmara em nome de Motta, seu correligionário, para tentar chegar a um consenso que deixe o seu partido no comando da Casa.

Pereira avalizou o nome de Motta para o presidente Lula, mas o deputado —caso eleito de fato para comandar a Câmara— não vai escutar apenas o correligionário.

A relação de Motta com Lira e com o senador Ciro Nogueira, presidente do Partido Progressista, é antiga.

Motta tem só 34 anos, mas chegou à Câmara em 2011, na mesma legislatura que Lira, e ambos compuseram a tropa de choque do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha.

Para fechar essa equação, porém, Lira precisará resolver a situação de Elmar Nascimento (União-BA), seu amigo e aliado que queria seu apoio para sucedê-lo. Nascimento, porém, enfrenta resistência entre os pares e alas do governo.

O nome do PSD para a disputa, Antonio Brito (BA), tampouco desistiu e, em campanha há meses, conquistou o coração até de bolsonaristas mais radicais.

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