Thais Bilenky

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Reportagem

Com dor de cabeça e sonolência por dias, Lula ignorou alerta médico

O presidente Lula contou a interlocutores que sentiu sonolência durante uma semana e dor de cabeça forte por quatro dias antes de se submeter a exames.

Os dois sintomas tinham sido apontados por sua equipe médica como indicativos de alerta. Caso os sentisse, deveria tomar providências imediatas.

O presidente, no entanto, foi levando. E ainda adiou a tomografia que faria no sábado (7) em São Paulo, já que estaria na capital paulista na data.

A situação se agravou ao longo da segunda-feira (9). A dor se intensificou e, à tarde, ele estava visivelmente pior do que de manhã. Foi então que, examinado pela médica que o acompanha no dia a dia, foi para o Hospital Sírio-Libanês, em Brasília.

A tomografia identificou uma hemorragia intracraniana, e a equipe médica decidiu transferi-lo para São Paulo para submetê-lo a uma cirurgia às pressas.

O sangramento é decorrente de um acidente doméstico que Lula sofreu em 19 outubro. Ele estava sentado em um banco, cortando as unhas do pé no banheiro, quando se desestabilizou, caiu no chão e bateu a cabeça, no Palácio do Alvorada.

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