Post falso usa imagens de 2018 para mentir sobre ataques a escolas na BA
É falso o vídeo compartilhado nas redes sociais que sugere um ataque recente a uma escola em Salvador (BA)
O conteúdo mistura trechos de uma invasão a uma escola, em 2018, com o de uma correria causada pelo barulho de um carburador quebrado na última quinta-feira (13).
O que mostra o vídeo
"As escolas em Salvador. Muito cuidado com seus filhos nas escolas", diz a frase sobreposta ao vídeo.
"Massacre nas escolas da Bahia já soma 53 tentativas em todo estado", afirma falsamente a descrição do post.
No vídeo, um rapaz sem camisa corre no interior de uma escola, derrubando cadeiras e carteiras e quebrando objetos. Os alunos se assustam e fogem.
Na sequência, são exibidas imagens de um aluno com a camiseta ensopada de sangue na altura da barriga, caminhando até a saída de uma escola, acompanhado dos colegas.
Por que o vídeo é falso
Material foi tirado de contexto. O vídeo foi editado com trechos de duas situações diferentes, segundo a Secretaria de Segurança Pública e a SEC (Secretaria de Educação da Bahia).
Um dos vídeos tem quase 5 anos. O trecho que mostra o rapaz sem camisa, quebrando objetos, e o corre-corre na escola ocorreu em 28 de agosto de 2018 no Colégio Estadual Manoel Devoto, no Rio Vermelho, Salvador. Um jovem invadiu o colégio, mas não deixou feridos, como mostrou o jornal Correio 24 (aqui).
Susto gerado por som de carro. O trecho de outra gravação, usada no post falso, mostra a correria na Escola Estadual Vale dos Lagos, Salvador, no último dia 13, causada pelo estouro de um carburador automotivo. Um aluno se feriu ao tentar fugir pulando o muro. É ele quem aparece com a camisa manchada de sangue nas imagens. O site Bahia Notícias registrou o fato (aqui).
Não houve ataques ou tentativas de ataques recentemente no estado, segundo a SSP-BA. O órgão afirma que o que vem ocorrendo na Bahia é a disseminação de fake news nas redes sociais e jovens flagrados com armas brancas nas unidades escolares.
Postagens falsas que usam o vídeo antigo também foram desmentidas por Aos Fatos, Estadão Verifica e Reuters.
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