General Tomás Paiva não confessou que roubou armas para vender ao tráfico
É falso que o comandante do Exército, general Tomás Paiva, tenha confesso ao Superior Tribunal Militar que foi ele quem vendeu as armas roubadas no quartel de Barueri (SP) para o tráfico.
O que dizem os posts
Um vídeo no Facebook afirma falsamente que o comandante do Exército, general Tomás Paiva, teria confessado que ele vendeu as armas que foram roubadas do quartel de Barueri (SP) para o tráfico. De acordo com o vídeo falso, ele teria confessado o crime após ser conduzido por oficiais do Exército a pedido do ministro do STM Lourival Carvalho.
O vídeo desinforma ainda ao alegar que "de acordo com o chefe de inteligência, que descobriu todo o esquema do comandante Paiva, o general Décio Luís, não é a primeira vez que Tomás Paiva é flagrado vendendo armas".
Por que é falso
Não é verdade que o comandante do Exército tenha confessado participação no sumiço de 21 armas do quartel de Barueri ao STM. Em resposta ao UOL Confere, a assessoria de imprensa do Exército Brasileiro disse que "o fato não ocorreu" e que "tais mensagens apenas contribuem para a desinformação da nossa sociedade".
A assessoria de imprensa do Superior Tribunal Militar também informou que não há nenhum procedimento no tribunal sobre este caso.
A pedido do Exército, dezenove militares suspeitos de participação no crime estão presos (leia aqui). Além de punição administrativa, eles são investigados criminalmente por furto, peculato, receptação e extravio.
O sumiço das armas. No dia 19 de outubro, a Polícia Civil do Rio recuperou oito das 21 armas roubadas do quartel em Barueri (veja aqui), que teriam sido devolvidas por traficantes. No dia seguinte, outras nove armas foram encontradas em São Paulo (veja aqui). Até o momento, 19 das 21 armas roubadas foram recuperadas (veja aqui).
Segundo os órgãos de segurança, as armas iriam para facções do Rio e de São Paulo (veja aqui).
Além disso, o general Décio Luís nunca foi chefe de inteligência, e está na reserva desde março de 2021 (veja aqui, aqui e aqui).
Esse conteúdo também foi checado por Estadão Verifica e Lupa. A desinformação também foi verificada em Portugal pelo Observador.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
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