Posts oferecem produto proibido pela Anvisa como 'vitamina da visão'

Postagens nas redes sociais oferecem um produto para a visão que não possui aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Na verdade, o conteúdo faz promessas falsas. O produto, denominado VisiPro, está proibido pela agência desde agosto deste ano.

O que diz o post?

No vídeo, um homem promove um método de 6 segundos para aprimorar a visão.

Na gravação, ele alega que existe uma "ligação chocante entre os olhos e o cérebro" e afirma que, a partir disso, os problemas de visão não guardam relação com os olhos, além de afirmar que óculos e lentes de contato não aprimoram a interação olho-cérebro. Alega-se também que os resultados são clinicamente comprovados em três semanas para todos os pacientes e que há uma quantidade considerável de pessoas utilizando o método chamado VisiPro.

A legenda que acompanha a gravação sugere uma melhora significativa na visão após um tratamento, utilizando a hashtag para expressar agradecimento ao "Doutor". O texto também encoraja o internauta a clicar em "Saiba Mais" para visualizar os supostos resultados.

Por que é falso

O produto VisiPro não possui aprovação da Anvisa e está proibido de ser comercializado, segundo a agência em nota ao UOL Confere.

A Anvisa pediu ações de fiscalização para apreender o VisiPro em resolução publicada no Diário Oficial de 4 de agosto (veja aqui e abaixo).

Resolução publicada em 14 de agosto de 2023 no Diário Oficial sobre o VisiPRO
Resolução publicada em 14 de agosto de 2023 no Diário Oficial sobre o VisiPRO Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução/Diário Oficial
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O órgão argumenta que o suplemento alimentar tem origem desconhecida e que está sendo feita "propaganda irregular na internet contendo alegações terapêuticas" para tratamento de doenças e problemas de saúde relacionados à visão ou oculares. Além disso, a Anvisa argumentou que está sendo feita "afirmação inverídica" de que o produto teria sido aprovado pela agência.

A Anvisa utiliza monitoramento, incluindo inteligência artificial, para identificar anúncios irregulares, fazendo reconhecimento dos desafios na fiscalização do comércio eletrônico e ação legal contra a fabricação, comercialização e exposição de produtos irregulares. Anvisa, em nota ao UOL Confere

A Anvisa observa que a é considerada infração sanitária a fabricação, comercialização e exposição à venda de produto irregular, sujeita às penalidades descritas na lei nº 6.437/77. "Nesse sentido, a Anvisa tomará as medidas cabíveis com relação aos novos anúncios encontrados", disse o órgão em nota.

Até ontem (13) já havia dez anúncios sobre o produto na Biblioteca de Anúncios da Meta, dona das marcas Facebook e Instagram. Veja abaixo:

Anúncios do produto sem aprovação da Anvisa na Biblioteca de Anúncios da Meta
Anúncios do produto sem aprovação da Anvisa na Biblioteca de Anúncios da Meta Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução/Facebook
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Viralização. Compartilhado no Facebook pela primeira vez em 16 de outubro, o conteúdo checado somou 182,8 mil visualizações nas últimas 24 horas. O vídeo soma, até a manhã de hoje (14), 8,9 mil curtidas, 516 comentários e 1,4 mil compartilhamentos.

Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.

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