É de 2017 vídeo em que política da Venezuela pede que guardas soltem armas

Publicações nas redes sociais distorcem um vídeo de 2017 em que a principal opositora de Nicolás Maduro na corrida presidencial, Maria Corina Machado, aparece confrontando soldados da guarda nacional da Venezuela. O vídeo tem sido compartilhado como se fosse recente.

O UOL Confere considera distorcido conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.

O que diz o post

O vídeo é compartilhado acompanhado na seguinte legenda sobreposta à imagem: "Maria Corina enfrente militares e implora por Deus para que eles salvem a Venezuela".

Na gravação, Maria Corina Machado aparece falando para os militares frases como "essa luta é por vocês", "soltem as armas", " essa luta é para salvar a Venezuela". Ela questiona se os soldados têm alimentos em casa ou nos quartéis, se estão bem armados e bem equipados, e continua pedindo que soltem as armas.

Por que é distorcido

O vídeo não tem relação com a eleição presidencial de 2024. Em uma busca no Google pelos termos "suelten las armas maria corina machado video" foi possível encontrar uma verificação de fatos publicada pelo Cotejo, site independente venezuelano signatário do IFCN (Internacional Fact-Checking Network), em junho deste ano desmentindo que o conteúdo seja recente (veja aqui).

Conteúdo circulou também de forma distorcida em maio na Venezuela. Na ocasião, foi falsamente associada a um ato de pré-campanha da líder da oposição.

O vídeo foi publicado por Maria Corina Machado em maio de 2017. A mesma gravação usada no post desinformativo foi compartilhada pela política em sua conta oficial do X no dia 13 de maio de 2017. Naquele dia, Corina Machado participou de um evento chamado "encontro dos estados" em Aragua, como é possível verificar no site do partido fundado por ela, o Vente Venezuela (leia aqui).

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Maria Corina Machado fez campanha ao lado de Edmundo González Urrutia, depois de ter sido impedida de concorrer nas eleições presidenciais da Venezuela. O resultado da eleição, que deu vitória a Nicolás Maduro, é contestado pela oposição.

Este conteúdo também foi verificado por Aos Fatos.

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