Vídeo com estragos atribuídos ao furacão Milton traz imagens até do Brasil
Um vídeo compartilhado como se fosse recente não mostra a chegada do furacão Milton à Flórida, nos Estados Unidos, como afirmam posts em circulação pelas redes sociais.
As imagens são antigas e registram vários fenômenos naturais ocorridos em diferentes partes do planeta —um deles no Brasil.
O que diz o post
A publicação contém dois textos, um em inglês e outro em português: "Hurricane Milton is Here" e "Furacão Milton chegou na Flórida".
Um vídeo mostra fortes ventos e parte dos estragos causados supostamente pelo furacão Milton. Não há qualquer dado sobre os locais exatos ou a data das filmagens.
Por que é falso
Vídeo reúne imagens de diferentes catástrofes pelo mundo.
Primeira imagem é do Estado de Iowa, nos EUA. Em busca reversa de imagens (aqui), nota-se que a cena, gravada aparentemente da varanda de uma casa, foi registrada em 15 de julho deste ano e mostra, na verdade, a passagem de um tornado pelo estado norte-americano de Iowa (aqui, em inglês, e abaixo). A prefeitura de Des Moines informou que um tornado de escala EFI, considerado moderado, atingiu a cidade, causando "danos significativos a árvores, postes e propriedades privadas" (aqui).
Ondas atingem área residencial na Geórgia, na Europa. A segunda imagem mostra ondas invadindo uma área residencial na região de Gagra, na Geórgia, como mostra uma busca reversa (aqui). O país foi um dos atingidos pela passagem da tempestade Bettina em novembro de 2023 (aqui, em inglês, e abaixo).
Casa destelhada fica no interior de São Paulo. Também por busca reversa (aqui), foi possível identificar que o vídeo de um telhado voando foi gravado na cidade de Sumaré (SP) (aqui e abaixo). Uma forte chuva atingiu diversos municípios na região de Campinas em outubro de 2023, causando diversos prejuízos (aqui, aqui e aqui).
Furacão Milton atingiu a Flórida na noite de 9 de outubro. Por volta das 21h30 (de Brasília) da última quarta-feira (9), o furacão Milton tocou o solo da Flórida com ventos acima de 190 km/h (aqui). Considerado um dos mais perigosos dos últimos anos (aqui), o fenômeno perdeu força e foi reclassificado como um ciclone pós-tropical, mas deixou pelo menos 14 mortos (aqui).
Este conteúdo também foi checado por Aos Fatos e Estadão.
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