Cresce número de famílias lideradas por mulheres, mas homens ainda dominam os lares
O número de famílias lideradas por mulheres no Brasil em 2011 cresceu 2,3% em comparação com 2009, revela a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
No país, 37,4% dos lares tem como pessoa de referência uma mulher – o equivalente a 24,099 milhões de famílias de 64,358 milhões que vivem em domicílio particular (o IBGE diferencia domicílios particulares de coletivos, que são hotéis, casas de detenção ou asilos, por exemplo).
O aumento foi registrado em todas as regiões do país, com exceção da região Centro-Oeste, onde a taxa caiu de 36,2%, em 2009, para 35,5% na última pesquisa.
O domínio das mulheres nos lares segue uma tendência histórica verificada desde a década de 1990 em pesquisas realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na contagem de população realizada em 1996, 20,81% dos lares tinha como chefe uma mulher. No Censo de 2000 o percentual passou para 26,55%.
Para Wagner Silveira, analista do IBGE, o aumento da presença da mulher como pessoa de referência da família é uma claro sinal da maior participação delas no mercado de trabalho. “Mas elas ainda ganham menos que os homens, o que explica a permanência da preponderância masculina”, diz Silveira.
O número de homens chefes de família no Brasil é de 40,258 milhões - o equivalente a 62,6% do total de famílias.
Para o analista do IBGE, no entanto, este é um movimento constante e natural, por isso a diferença entre o número de homens e mulheres na chefia das família, apesar de ainda ser muito grande, deve diminuir gradativamente nos próximos anos.
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