No Nordeste, número de donas de casa chefes de família cresce e quase se iguala ao de chefes trabalhadoras
No Nordeste, o número de famílias lideradas por donas de casa - mulheres que não trabalham ou procuram emprego (48,9%) -, quase se iguala ao de famílias lideradas por mulheres que trabalham ou estão à procura de ocupação (51,1%). Isto representa um aumentou de 4,8%, em comparação com 2009, quando foi feito o último levantamento. Os dados constam da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada em 2011 e divulgada nesta sexta-feira (21).
Em outras regiões, a diferença é menor, sendo que no Centro-Oeste as trabalhadores somam 60,5% das mulheres que lideram família. No Sul, 57,5% das mulheres chefes de família são economicamente ativas, contra 42,5% de mulheres que não trabalham.
O aumento de famílias lideradas por pessoas que não trabalham foi registrado em todo o país (alta de 2,9% ante 2009) e acontece tanto entre homens quanto entre mulheres. No entanto, o movimento é bem mais acentuado entre as mulheres, com alta de 3,9%, ante 1,4% dos homens.
Entre as famílias que tinham uma mulher como pessoa de referência, as que não trabalhavam eram 45,1%. Já quando o líder é um homem, na maioria das vezes (82,7%) ele trabalha ou procura emprego.
A pesquisadora do Pnad Maria Lúcia Vieira acredita que os dados podem refletir uma postura diferente da mulher ao responder o questionário da pesquisa. “Mais mulheres que não trabalham se declaram responsáveis pela família, mesmo quando vivem junto com um homem que trabalha”, diz.
O IBGE não possui um critério para dizer quem é o responsável pela família. Quem responde ao questionário dos entrevistadores do órgão indica quem é a pessoa de referência.
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