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Justiça nega liberdade a técnico de enfermagem acusado de estuprar pacientes no Rio

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

11/07/2013 18h14

O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) negou pedido de liberdade ao técnico de enfermagem Brivaldo Francisco Xavier Júnior, acusado de estuprar pelo menos duas pacientes no Hospital Quinta D’Or, localizado na zona norte do Rio de Janeiro.

Xavier, que responde por estupro de vulnerável, teve a prisão preventiva decretada no dia 5 de junho pelo juízo 27ª Vara Criminal da Capital. O técnico de enfermagem se entregou à polícia no dia 6 de junho.

No dia 3 de junho, a delegacia responsável pelas investigações encaminhou ao Ministério Público o pedido de prisão do técnico de enfermagem para a primeira suspeita de abuso. O pedido foi feito após os policiais analisarem as imagens da câmera de segurança instalada no corredor do hospital.

O vídeo mostra toda a movimentação do suspeito, que em 12 horas entrou 20 vezes no leito da paciente.

Segundo a juíza responsável pela sentença, "os fatos narrados na denúncia, ao final, acaso provados, fazem com que se vislumbre verdadeiro ataque à paz social. No que concerne à decretação da prisão preventiva do réu, bom de ver que o tipo penal enfrentado é dotado de característica da hediondez".

Acusações

A Polícia Civil investiga uma segunda denúncia de abuso sexual praticado supostamente pelo técnico de enfermagem que trabalhava no hospital Quinta D'Or. Uma ex-paciente da unidade, de 66 anos, diz ter sido molestada em fevereiro deste ano, durante um tratamento de câncer.

O técnico é alvo de inquérito na 17ª DP (São Cristóvão) pelo mesmo crime, que teria sido praticado no dia 9 de maio, quando uma paciente denunciou o abuso sexual durante o banho. Ela havia feito uma hepatectomia (retirada de parte do fígado).

De acordo com a chefia de investigação da delegacia, a nova vítima procurou o distrito na última segunda-feira (3), após ver as notícias sobre o abuso de maio. Ela disse que, na época, informou ao hospital sobre o caso. Segundo a denúncia, ele entrou o CTI (Central de Terapia Intensiva) e teria se esfregado na idosa.

Segundo nota do hospital, o funcionário foi afastado para que a unidade investigasse a denúncia. No entanto, durante a investigação interna, foi constatado que houve "quebra de protocolo de atendimento do hospital, que exige que dois profissionais realizem o procedimento de higiene dos pacientes".

O resultado da investigação interna resultou na demissão por justa causa do técnico. De acordo com a nota, o hospital deu suporte necessário à paciente e aos seus familiares, além de colaborar com a investigação da polícia.