"Recuperado", sistema Cantareira ainda depende do volume morto
O Cantareira, sistema que abastece 5,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, ainda depende do volume morto, água que precisa ser bombeada porque fica abaixo do nível das comportas.
O índice da represa Jaguari-Jacareí, a principal e maior do sistema, está nesta quarta-feira (6) em -5,3%. Isso significa que a água que está armazenada atualmente lá é a do volume morto, 5,3 pontos percentuais abaixo do nível normal.
A capacidade da represa é de 808 milhões de m³ de água, mais de 80% do volume útil de todo o Cantareira. Esse número é maior que a quantidade de água que podem armazenar os sistemas Guarapiranga, Alto Tietê, Rio Claro e Alto Cotia juntos.
Outras represas compõem o sistema Cantareira: Cachoeira, Paiva Castro e Atibainha. A Jaguari-Jacareí tem uma capacidade mais de quatro vezes maior que as três juntas.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) afirma que o Cantareira não recorre mais ao volume morto e que o nível negativo da Jaguari-Jacareí é uma "questão operacional de manejo de água". A empresa informa que opta por deixar mais cheios os demais reservatórios que são mais próximos à estação de tratamento, tornando o transporte da água mais rápido.
Volume morto
Há uma semana, o índice do Cantareira como um todo --que corresponde à média dos níveis de suas quatro represas-- subiu para 22,6%, saindo do volume morto. Esse percentual corresponde à quantidade de água que existe no sistema em relação à capacidade total de armazenamento, incluindo as duas cotas do volume morto.
A recuperação desse volume aconteceu por causa das recentes chuvas na região e 19 meses depois que ele começou a ser usado. Em maio de 2014, o governo do Estado passou a captar água dessa reserva, que nunca tinha sido utilizada antes, diante da falta de chuva e da queda acelerada do índice do Cantareira.
Apesar de o governo dizer que não precisa mais recorrer ao volume morto do Cantareira, a situação do abastecimento de água na Grande São Paulo ainda é considerada crítica em comparação com o cenário de dois anos atrás. E especialistas alertam para o risco de o Cantareira voltar ao volume morto ao longo do ano.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.