Arma usada no assassinato da vereadora Marielle foi uma submetralhadora, diz polícia
A arma usada para assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes em 14 de março, no centro do Rio de Janeiro, foi uma submetralhadora.
A informação, revelada pelo programa "Domingo Espetacular", da TV Record, foi confirmada ao UOL por uma fonte da Polícia Civil ligada à investigação.
A vereadora do PSOL e seu motorista foram mortos em uma emboscada. Criminosos ainda não identificados emparelharam um carro ao lado do veículo em que Marielle e Anderson estavam e dispararam. Marielle e o motorista morreram na hora e uma assessora que também estava no carro sobreviveu.
A polícia encontrou no local ao menos oito cápsulas de projéteis de calibre 9 mm. Esse é o tipo mais comum de munição usado em submetralhadoras no Brasil. A polícia descobriu que os projéteis haviam sido roubados de um lote produzido no país, que se destinaria à Polícia Federal.
Inicialmente, a polícia analisou a possibilidade de os tiros terem sido sido disparados de uma pistola, mas a hipótese foi descartada. A munição de calibre 9 mm pode ser usada tanto em pistolas como em submetralhadoras. Porém, quando é disparada de uma submetralhadora seu poder destrutivo é maior --assim como a cadência de tiros.
A fonte da Polícia Civil afirmou que há indícios de que a submetralhadora usada foi uma HK MP5, arma desenvolvida na Alemanha na década de 1960. Essa submetralhadora é usada em dezenas de países, tem diversas variações de modelos e é considerada muito comum.
No Brasil, ela é usada por forças de segurança (polícias militares e federal), colecionadores e pode ser adquirida ilegalmente no mercado negro. É uma arma usada geralmente em combates a curta distância.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, já havia afirmado que uma das principais linhas de investigação da polícia é de que milicianos poderiam estar envolvidos no assassinato.
As milícias são grupos de ex-policiais e criminosos que vendem “proteção” ao estilo mafioso e comercializam ilegalmente serviços como TV a cabo e transporte em favelas do Rio de Janeiro.
A polícia afirmou ter achado cápsulas e projéteis usados no assassinato da vereadora e de seu motorista, mas não deixou claro se encontrou ou não a arma usada no crime. Em teoria, os furos no carro das vítimas e os projéteis recuperados poderiam indicar aos peritos se os tiros saíram de uma submetralhadora ou uma pistola.
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