Bolsonaro vê "monstruosidade e covardia" em massacre em Suzano
Do UOL, em Brasília*
13/03/2019 15h34Atualizada em 14/03/2019 13h26
Resumo da notícia
- Por volta das 9h30 da manhã, 2 ex-alunos entraram em uma escola em Suzano (SP) e atiraram
- Ao todo, ação deixou 10 mortos; 5 alunos, 2 funcionários e um empresário
- Após ação, um dos atiradores matou o outro e também se suicidou
- A polícia identificou os assassinos: Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25
O massacre em uma escola em Suzano (SP), que deixou 10 mortos, foi classificado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) como "monstruosidade e covardia". Bolsonaro só comentou o assunto em suas redes sociais mais de cinco horas depois do ocorrido.
Em post no Twitter às 15h59, Bolsonaro prestou condolências.
Presto minhas condolências aos familiares das vítimas do desumano atendado ocorrido hoje na Escola Professor Raul Brasil, em Suzano, São Paulo. Uma monstruosidade e covardia sem tamanho. Que Deus conforte o coração de todos!
- Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 13, 2019
No começo da tarde, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República manifestou pesar pela tragédia, chamando-a de "desumana ação". Uma nota foi distribuída à imprensa por volta das 15h30.
A Secom da Presidência ainda afirma se colocar à disposição do governo de São Paulo para ajudar na apuração do ocorrido.
"Mais uma vez, nosso país é abalado por uma grande tragédia. O Governo Federal manifesta seu profundo pesar com os fatos ocorridos na cidade de Suzano, em São Paulo, apresentando suas condolências e sinceros sentimentos às famílias das vítimas de tão desumana ação. Ao Estado de São Paulo, colocamos nosso total apoio para auxiliar na apuração dos fatos", diz a nota.
Dez minutos antes do tuíte de Bolsonaro, um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), também se manifestou e criticou o Estatuto do Desarmamento.
Meus sentimentos a todos os familiares das vítimas covardemente assassinadas no colégio em Suzano.
- Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) March 13, 2019
Mais uma tragédia protagonizada por menor de idade e que atesta o fracasso do malfadado estatuto do desarmamento, ainda em vigor.
No Congresso, deputados da oposição fizeram críticas à ampliação na facilidade do acesso a armas de fogo após o massacre em Suzano.
Do lado do governo, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP) afirmou que "aproveitadores" vão usar o ocorrido para criticar a política do governo Bolsonaro de maior acesso às armas. O senador usou o episódio para defender a redução da maioridade penal: "bandido não tem idade", disse.
Mourão cita videogames
Mais cedo, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou que é preciso entender por que tragédias como a de Suzano, em São Paulo, estão acontecendo com mais frequência no país. "É muito triste. A gente tem que chegar à conclusão por que isso está acontecendo. Essas coisas não aconteciam no Brasil, aconteciam m outros países", lamentou o vice.
Na manhã desta quarta, um adolescente e um homem encapuzados mataram pelo menos dez pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. Eles abriram fogo contra as vítimas e em seguida cometeram suicídio.
Mourão não considera que a tragédia em Suzano tenha relação com o debate sobre flexibilização da posse e porte de armas, uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro na campanha, mas admitiu que a associação neste momento será inevitável. "Não vejo essa questão. Vai dizer que a arma que os caras estavam lá era legal? Acho que não tem nada a ver, mas sei que a questão vai ser colocada", declarou.
Mourão não quis opinar sobre a fala do senador Major Olímpio (PSL-SP), que disse que a tragédia seria evitada se os professores da escola estivessem armados. Questionado sobre a declaração, Mourão respondeu: "no comments (sem comentários, em inglês)".
O general também se manifestou no Twitter, depois da publicação do post de Bolsonaro.
Profundamente entristecido com a ocorrência da tragédia com vítimas inocentes na Escola Estadual Raul Brasil, em #Suzano -SP. Deus conforte os corações de familiares, alunos e funcionários da Escola. #suzanoemluto #Suzanochora
- General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) March 13, 2019
Para Mourão, um dos motivos pelo qual esse tipo de crime passou a ocorrer no Brasil é o uso excessivo de videogame e de jogos considerados violentos. Ele citou como exemplo seus netos, que disse que passam o dia "mergulhados nisso".
O vice também avaliou que atualmente pais e mães são obrigados a trabalhar e é preciso oferecer mais opções de escola em tempo integral. Ele lembrou que, quando criança, costumava jogar futebol, soltar pipa e brincar de bola de gude. (*Com informações do Estadão Conteúdo)
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