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PF faz nova operação contra o PCC por tráfico e lavagem de dinheiro

Fuzil apreendido na casa de um dos alvos da operação Caixa-Forte em Curitiba - Divulgação/PF
Fuzil apreendido na casa de um dos alvos da operação Caixa-Forte em Curitiba Imagem: Divulgação/PF

Do UOL, em São Paulo

09/08/2019 07h25

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), força-tarefa coordenada pela Polícia Federal, deflagrou na manhã de hoje a operação Caixa-Forte de combate ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

É a segunda operação nesta semana contra a facção criminosa. Na terça-feira (6), 20 supostos integrantes do PCC foram presos na Operação Cravada, com o objetivo de desarticular um núcleo financeiro da organização que teria movimentado cerca de R$ 1 milhão por mês.

Cerca de 250 policiais federais, rodoviários federais e civis cumprem 52 mandados de prisão preventiva (sem prazo), 48 mandados de busca e apreensão, 45 mandados de sequestro de valores e bloqueio de contas bancárias em cidades e unidades prisionais dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Seis alvos de mandados de prisão já estão detidos em presídios localizados em Uberaba (MG), Campo Grande (MS), Londrina, Matinhos e Piraquara (PR).

Foram identificadas 45 contas bancárias, todas bloqueadas e com valores sequestrados judicialmente. A movimentação financeira teria ultrapassado R$ 7 milhões no período das investigações, de novembro do ano passado até agora.

Os mandados foram expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte e são cumpridos em:

  • Minas Gerais: Uberaba e Conceição das Alagoas,
  • Mato Grosso do Sul: Campo Grande e Corumbá;
  • São Paulo: São Paulo, Ribeirão Preto, Itaquaquecetuba e Embu das Artes;
  • Paraná: Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.

O esquema

Segundo a PF, as investigações da operação de hoje identificaram a existência de uma seção dentro da facção, chamada "Geral do Progresso", que gerenciava o tráfico de drogas e orquestrava a lavagem do dinheiro angariado com os crimes praticados.

Contas bancárias de pessoas aparentemente estranhas ao grupo criminoso eram usadas para ocultar o crime.

Ainda segundo a polícia, a facção usava o método de "depósitos fracionados" para lavar o dinheiro, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em uma série de contas, de forma a impedir a identificação do autor do depósito e passar despercebido ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Depois, o dinheiro era transferido a outras contas ou sacado em terminais eletrônicos.

Os alvos da operação são investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 33 anos de prisão.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado em versão anterior desta matéria, na lista de cidades abrangidas pela operação, Campo Grande e Corumbá pertencem ao estado de Mato Grosso do Sul, e não Minas Gerais. A informação foi corrigida.