Após 'Gatinha da Cracolândia', outra mulher é presa por tráfico; veja vídeo
A Polícia Civil prendeu hoje à tarde uma mulher acusada de envolvimento com o tráfico na região conhecida como Cracolândia, um dos maiores pontos de venda de drogas na região central de São Paulo. Encontrada pelos agentes em uma ocupação ilegal no bairro da Liberdade, Talita Gomes Felix foi identificada pela investigação em vídeos obtidos pelo UOL, onde aparece em meio a uma feira a céu aberto de comércio de entorpecentes.
A ação é um desdobramento da Operação Caronte, responsável pela prisão de Lorraine Bauer Romeiro, jovem apelidada de "gatinha da Cracolândia" detida há um mês por suspeita de lucrar até R$ 6 mil por dia com a venda de drogas. Segundo investigação de cerca de seis meses da Polícia Civil, o PCC (Primeiro Comando da Capital) faturava cerca de R$ 200 milhões por ano na região.
Feira livre de drogas na Cracolândia
Em um dos vídeos aos quais a reportagem teve acesso, Talita, 35 anos, está sentada em uma das tendas da Cracolândia e conversa aparentemente com um usuário de drogas, enquanto segura um maço de dinheiro na mão esquerda. Em outro registro, organiza as drogas em cima da mesa.
Ela aparece na tenda que pertencia ao casal Elias Oliveira Santos e Natália Soares dos Santos, também flagrado nas imagens. De braços cruzados, Talita observa a movimentação na feira livre do tráfico de drogas enquanto Natália manuseia um maço de dinheiro. Elias e Natália foram presos em flagrante em uma tentativa de fuga há duas semanas com maconha e R$ 68 mil em dinheiro vivo em um carro de luxo. Segundo a Polícia Civil, eles disseram que estavam fugindo para Curitiba (PR) na ocasião, pois sabiam que estavam sendo procurados pelas autoridades.
Levada ao 77ª Distrito Policial (Santa Cecília) no fim da tarde de hoje por agentes que cumpriram mandado de prisão temporária por associação para o tráfico, Talita não respondeu aos questionamentos sobre as acusações. A reportagem não localizou os seus advogados para que eles se posicionassem.
Fuga na Cracolândia e cabelo tingido de loiro
Segundo a Polícia Civil, Talita conseguiu escapar da prisão na Cracolândia ao se misturar entre os dependentes químicos que circulam pela região. Depois, tingiu o cabelo de loiro para dificultar a sua identificação.
Ainda de acordo com os investigadores, os traficantes pagavam um aluguel semanal de R$ 1.000 ao PCC para montar as suas barracas no local. A facção criminosa também faturava com a venda, já que tinha direito a um percentual do lucro, segundo a Polícia Civil.
"O que existe ali é a gestão de uma facção criminosa, que alugava os espaços das tendas para traficantes", disse o delegado Roberto Monteiro, da Seccional Centro.
Até o momento, mais de 15 pessoas foram presas pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas na Cracolândia. As investigações ainda estão em andamento.
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