Marginal Tietê: prefeitura preencherá com rochas cratera em túnel do metrô
A SMT (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) de São Paulo decidiu fechar com rochas e argamassa a cratera aberta no canteiro de obras da linha-6 do metrô. Na manhã de hoje, uma adutora de esgoto se rompeu, inundando o local. Parte da Marginal Tietê acabou desabando.
Com isso, o governo pretende estabilizar a situação da rodovia. A decisão foi tomada durante reunião de um comitê formado pelo governo do Estado, a prefeitura da capital, a Sabesp e a Acciona, concessionária responsável pelas obras.
Após a abertura da cratera na pista, todas as pistas da Marginal foram fechadas, no sentido Ayrton Senna. Por volta das 11h, quando a pista expressa foi liberada, o buraco ocupava só uma faixa da via local. Às 15h, já tomava quase duas. Às 17h30, o asfalto de mais uma faixa já havia cedido. Não houve registro de mortos ou feridos com a inundação e posterior desabamento,
Por volta das 16h30, a pista central começou a ser liberada por agentes da CET. A Defesa Civil, entretanto, impediu a reabertura —por entender que há risco. As vias central e local continuam fechadas.
Desmoronamento não deixou feridos
Apesar das imagens impactantes mostrando o desmoronamento na marginal, nenhuma pessoa ficou ferida quando o chão cedeu. Segundo a STM, quatro trabalhadores da obra foram levados a hospitais para passar por um checkup porque entraram em contato com a água contaminada.
O UOL tentou contato com a STM e com a Acciona para saber se os trabalhadores já receberam alta, mas não obteve qualquer resposta sobre o assunto até o momento.
Pouco antes do desmoronamento, funcionários disseram que ouviram um "estrondo" na parte mais baixa da escavação, quando supostamente a água rompeu a estrutura. Quem estava no local começou a correr. Segundo os relatos, não havia mais ninguém na área quando houve o desabamento da pista.
A linha 6-Laranja faz parte de uma Parceria Público Privada entre o governo do estado e a concessionária espanhola Acciona e deve ter 15 km, ligando a Vila Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim.
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) instaurou inquérito civil, por meio da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, para investigar as causas do desmoronamento e os danos urbanísticos e ambientais decorrentes do acidente.
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