Jovem envenenado viu madrasta 'desesperada': 'Sabia que tinha algo errado'
Bruno Carvalho, 16, relatou ter suspeitado da tentativa de envenenamento quando foi almoçar na casa da madrasta, Cintia Mariano Dias, durante entrevista ao "Fantástico" (TV Globo) exibida na noite de ontem. Bruno passou mal após comer na casa do pai no dia 15 de maio. A irmã dele, Fernanda, 22, morreu um mês antes após passar mal durante um almoço servido pela mesma madrasta.
"Quando ela ficou toda nervosa, desesperada, pegando o meu prato, eu já sabia que tinha algo errado. Ela pegou meu prato, retirou as bolinhas que eu cheguei a separar e botou mais feijão", disse ele ao "Fantástico". Anteriormente, a família já havia relatado a suspeita de envenenamento à imprensa depois que Bruno viu Cintia misturar "pedrinhas azuis" ao feijão.
A mãe de Bruno, Jane Carvalho Cabral, contou que o filho voltou para casa com os mesmos sintomas de Fernanda, que havia morrido um mês antes. "Ele já pedia água com a língua enrolando. E dali que foi que eu me alertei. Já estava entendendo o que tinha acontecido com a Fernanda."
A família ainda relatou que a madrasta conhece Bruno há onze anos. O pai dos jovens, Adeilson Cabral, ainda disse ao programa que Cintia "não tinha amor por ninguém."
"Às vezes [Cíntia implicava] pelo dinheiro porque Fernanda gostava de viajar e às vezes eu financiava essa viagem, coisa comum de pai", disse ele. "[Mas] não foi ciúmes, foi falta de amor. Ela não tinha amor por ninguém."
O filho biológico de Cíntia Mariano prestou depoimento na 33ª DP, em Realengo, e relatou que a mãe confessou ter envenenado os dois enteados. A irmã dele disse ter visto um líquido esverdeado no prato de Bruno.
O corpo de Fernanda foi exumado na quinta-feira (26) para análises, segundo a TV Globo. O resultado deve sair em 20 dias.
Cíntia está presa em Benfica, no Rio de Janeiro, desde o dia 20 de maio.
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