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Greve: Tarcísio diz que vai pedir à Justiça aumento de multa a sindicatos

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que vai pedir à Justiça para aumentar as multas aos sindicatos dos funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp por descumprirem decisão judicial e realizarem greve hoje contra o plano de privatizações.

O que ele disse

"A gente está pedindo que a Justiça possa fazer valer o que já foi decidido", disse ele em entrevista à GloboNews. "O aumento da multa, sim. A gente não pode ficar refém de uma situação dessa, de um sindicato que resolve paralisar os serviços, deixando toda uma cidade parada, gerando prejuízos para os trabalhadores".

Funcionários do Metrô de São Paulo, da CPTM e da Sabesp estão em greve hoje para protestar contra o plano de privatização dos serviços, proposto por Tarcísio. Segundo os representantes dos sindicatos, o governo não os chamou para debater o assunto. Eles pedem que a população seja consultada por meio de um plebiscito.

Justiça determinou ontem que os metroviários deveriam manter 100% das operações nos horários de pico, o que, segundo Tarcísio, foi descumprido. A multa atual para o descumprimento da decisão é de R$ 500 mil.

Metrô, CPTM e Sabesp estão em greve

O Sindicato dos Metroviários fará uma nova assembleia hoje, às 18h. Há possibilidade de estender a paralisação.

Estações das quatro linhas operadas pelo Metrô de São Paulo e da maioria das linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) amanheceram fechadas na manhã de hoje. Veja quais linhas estão funcionando e quais estão paralisadas.

Os ônibus da capital funcionam normalmente, com 100% da operação, e o rodízio para carros está suspenso durante o dia todo —menos para veículos pesados, como caminhões.

Linhas da CPTM privatizadas têm falhas constantes

As linhas 8-diamante e 9-esmeralda, administradas pela ViaMobilidade, registram falhas constantes, como descarrilamentos, velocidade reduzida, atrasos e trens andando com portas abertas. A concessionária já chegou a assinar um termo de conduta com pagamento de multa pelas falhas.

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As linhas privatizadas têm três vezes mais falhas do que as administradas pela CPTM, mostrou reportagem do UOL. De janeiro a abril, as linhas concedidas 8 e 9 apresentaram 16 falhas de operação. Nas linhas 7, 10, 11, 12 e 13, da CPTM, foram registrados cinco problemas.

A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, disse que o governador ataca o direito de greve do trabalhador e "mente em favor de um objetivo político" ao falar das paralisações da categoria.

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