Conteúdo publicado há 11 meses

Motorista de aplicativo foi agredida e esfaqueada por homem, diz polícia

A motorista de aplicativo Sheilla Angelis de Almeida, 36, que desapareceu no dia 9 de setembro após aceitar uma solicitação de corrida, foi agredida com telhas, esfaqueada e asfixiada antes de ser morta em Divinópolis (MG). Detalhes da investigação foram divulgados nesta quarta-feira (4) pela Polícia Civil de Minas Gerais.

O que aconteceu:

A motorista teria sido vítima de latrocínio. O suspeito foi identificado pela polícia como Rafael Monteiro de Sena. Ele foi preso no dia 1º de outubro, no Rio de Janeiro. A polícia informou ainda que a namorada dele, Letícia Joice de Oliveira, também foi presa. Ela é suspeita de ter conhecimento sobre a ocultação do cadáver da motorista.

O investigado confessou em depoimento à polícia que matou a motorista, divulgou a corporação em coletiva de imprensa.

A polícia detalhou que Sheilla foi agredida na cabeça, estrangulada com uma corda e esfaqueada nas costas após ser colocada dentro do porta-malas do próprio carro. "Ele tentou desmaiá-la com um golpe de asfixia, mas não conseguiu. Ele viu que no solo tinham pedaços de telhas e bateu na cabeça dela. Ainda que sangrando, ela reagiu. Ele pega uma corda e com o uso dela tentou enforcá-la, momento que ela desfaleceu", disse o delegado Wesley de Castro.

O laudo pericial ainda vai definir a causa da morte. Um corpo em estado avançado de decomposição foi encontrado no dia 27 de setembro, em uma estrada de Marilândia, distrito de Itapecerica (MG). Familiares de Sheilla reconheceram que o tênis encontrado no local era da motorista.

A Polícia Civil esclareceu também que aguarda resultados da perícia para comprovar se o corpo encontrado é de Sheilla.

O UOL não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos.

Dinâmica do crime e prisão

O suspeito teria solicitado o serviço da motorista horas antes de cometer o crime. "Ao meio-dia, o investigado ligou diversas vezes acionando o aplicativo tentando uma corrida, quando quem aceitou foi a Sheilla. A princípio essa corrida tinha como objetivo estudar a vítima, como ela trabalhava, a eventual forma de abordagem dela para cometer o crime", detalhou Castro.

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Ele teria anotado o número da vítima para realizar futuras viagens. Horas após o primeiro contato com a vítima, ele ligou para Sheilla, pelo celular de uma terceira pessoa, e solicitou novamente o serviço. "Por volta das 18h30, o suspeito procurou um adolescente e pediu o telefone dele emprestado para ligar para Sheilla, solicitando uma nova corrida, inclusive informando que seria o mesmo rapaz que havia feito a corrida ao meio-dia, com objetivo de ter a confiança dela, e utilizando telefone de terceiro para apagar qualquer registro que ligasse a ele", afirmou o delegado.

Depois do crime, o suspeito abandonou os dois telefones da vítima.

Em seguida, Rafael e a namorada abandonaram o corpo de Sheilla em uma estrada e fugiram para o Rio de Janeiro no carro dela.

A polícia constatou que, durante o trajeto, o suspeito usou o cartão bancário para pagar alguns pedágios nas rodovias de Minas Gerais. Os investigadores conseguiram a identificação do suspeito dias após o crime, mas o casal só foi preso depois, no Rio de Janeiro, por um outro crime. O carro da vítima, que estava com eles, foi flagrado com gatos presos no veículo - e eles foram detidos por crime ambiental.

Após uma denúncia, policiais militares foram ao local e observaram um casal perto do veículo. Eles afirmaram que eram os donos dos animais. Ao entregar o documento do veículo, os agentes descobriram que havia um alerta para aquele carro.

O caso segue em investigação para esclarecer se houve participação de mais pessoas no crime.

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