Conteúdo publicado há 8 meses

Irmão diz que fotógrafa passou a convulsionar e clínica não soube reagir

O irmão de Roberta Corrêa disse que a profissional que atendia a fotógrafa no momento em que ela fazia um procedimento estético, em uma clínica particular de Cosmópolis (SP), não soube como reagir quando a mulher de 44 anos começou a convulsionar. As informações são da Polícia Civil de São Paulo, que investiga as circunstâncias da morte da fotógrafa.

Embora a polícia não tenha divulgado, a profissional seria uma biomédica que aplicou a anestesia, segundo relato de familiares da vítima.

O que aconteceu

Roberta Corrêa passou mal após receber anestesia para a realização de um endolaser, conforme relatou ontem sua prima Paola Eliza de Paula, em entrevista à EPTV (afiliada da Globo na região). A intervenção estética é para a retirada de gordura localizada.

A fotógrafa teria começado a convulsionar e foi levada para o hospital. A intercorrência no procedimento estético ocorreu na última segunda-feira (9), e a mulher morreu na última sexta (13).

Segundo o irmão da vítima, ela teria começado a convulsionar e a profissional que a atendia não soube qual medida tomar, tendo apenas aguardado a melhora da paciente. No entanto, ela continuou passando mal e o resgate foi acionado, socorrendo a vítima ao Hospital Santa Casa de Misericórdia da cidade.
Secretaria de Segurança Pública de SP, em nota

Roberta foi intubada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no hospital.

O caso foi registrado como morte suspeita e homicídio pela Delegacia de Cosmópolis. A polícia requisitou exames periciais para determinar a causa da morte da fotógrafa.

Roberta era casada e mãe de dois filhos. A prefeitura de Cosmópolis lamentou a morte de Roberta, a quem chamou de "estimada cosmopolense".

O que disse a prima de Roberta

Paola declarou que, após a fotógrafa reclamar de calafrios, a esteticista teria dito que era "normal". "Começou o procedimento, logo em seguida a Roberta começou a sentir dores, ou [foi] convulsionando. Ela pediu para parar, parar, parar, não segurá-la, mas não tinha ninguém segurando. Foi quando ela parou, desmaiou e teve a parada cardíaca", contou, em entrevista à EPTV.

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Segundo a prima, a causa do óbito foi registrada como "morte cerebral". Ela explicou que um eletroencefalograma feito no hospital na sexta não detectou nenhuma movimentação de sangue e nem atividade cerebral.

A família da fotógrafa acusa a clínica Spazio Di Belleza Estevam de negligência pela demora em chamar o socorro — o estabelecimento fica localizado a cerca de 350 metros do hospital Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis.

Outro lado

A biomédica responsável pelo procedimento disse à EPTV que a fotógrafa preencheu todos os formulários exigidos em lei, mas o procedimento "sequer começou", já que Roberta passou mal ainda na aplicação da anestesia. Segundo a biomédica, o socorro foi prestado imediatamente.

O UOL tentou contato com a unidade, mas não conseguiu. O espaço segue aberto para manifestação.

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