Conteúdo publicado há 2 meses

Preso em MG por morte de soldado da Rota é transferido para São Paulo

O homem preso na quarta-feira (14), em Uberlândia (MG), pela morte de um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), em Santos, no litoral paulista, foi transferido para o estado de São Paulo nesta quinta-feira (15).

O que aconteceu

Kaique Coutinho do Nascimento, vulgo Chip, passou por audiência de custódia em Uberlândia na tarde desta quinta-feira (15). O UOL apurou que ele disse à Justiça que não foi agredido no momento da prisão.

Após a audiência, Kaique foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo de delito. Depois, ele foi matriculado no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, para poder ser transferido ao sistema penitenciário de São Paulo.

Preso foi trazido ao estado em aeronave da Polícia Militar de SP. A decolagem para a capital paulista estava marcada para às 17h (horário de Brasília), com escolta de Kaique por policiais da ROTA. A transferência do preso foi autorizada pelo juiz Lourenço Migliorini Fonseca na audiência de custódia. Uma imagem divulgada pela PM nas redes sociais mostra o preso sendo conduzido pelos agentes até a aeronave.

Após pousar na capital, Kaique está sendo conduzido até Santos, apurou o UOL. Ele será apresentado à autoridade policial de plantão no 5º Distrito Policial.

Magistrado determina oferecimento de "bombinha" ao preso. A exigência ocorreu após Kaique informar na audiência ter bronquite asmática e fazer o uso de "bombinha", que foi deixada no apartamento onde ele estava.

Secretário de Segurança Pública de SP diz que preso também responderá, na Justiça de Minas Gerais, por associação ao tráfico. A declaração de Guilherme Derrite foi concedida ao Brasil Urgente (TV Bandeirantes). Kaique foi encontrado ontem no apartamento de um homem preso por portar uma porção de maconha e uma quantia em dinheiro.

A defesa de Kaique não foi encontrada para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

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Preso confessou o crime, diz polícia

Kaique Coutinho do Nascimento, vulgo Chip, confessou o crime quando foi detido. Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, Kaique disse que estava no local do crime e com a arma usada para matar o soldado da Rota.

Polícia recebeu denúncia anônima sobre um ponto de venda de drogas. No local denunciado, um homem, já conhecido pela polícia local e identificado apenas como "Ricardinho", foi abordado pelos agentes, que encontraram uma porção de maconha em uma pochete e uma quantidade de dinheiro. Ele foi preso.

Na sequência, os policiais foram até apartamento de Ricardinho e encontraram Kaique no local. Durante a abordagem dos policiais, Kaique falou um nome diferente, mas depois de várias pesquisas os agentes descobriram que ele estava mentindo e tinha um mandado de prisão em aberto pela ocorrência em Santos.

Dinheiro apreendido com a dupla presa, segundo a Polícia Militar
Dinheiro apreendido com a dupla presa, segundo a Polícia Militar Imagem: Divulgação/PMMG

Dupla foi presa em flagrante. A polícia apreendeu com os dois homens cerca de 20 munições, celular, porções de drogas e R$ 10 mil. Nenhum dos dois resistiu à prisão. A informação foi divulgada pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo).

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A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo havia oferecido R$ 50 mil por informações do paradeiro de Kaique. Segundo o secretário da pasta, ele tem antecedentes por tráfico de entorpecentes e histórico como adolescente infrator.

Câmera corporal gravou PM da Rota sendo baleado

A câmera corporal do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo capturou o momento em que ele foi atingido pelo criminoso.

Imagens mostram o soldado acompanhado de mais dois policiais da Rota. Eles andam até o final de uma rua estreita entre casas. Em um momento, o soldado Cosmo volta sozinho e entra em uma viela, onde saca a arma. Logo depois, ele encontra um o criminoso no cruzamento entre dois becos, é atingido e cai no chão.

Soldado foi ferido com tiro no olho. Ele foi levado à Santa Casa de Santos em estado gravíssimo e morreu à noite. O crime ocorreu por volta das 17h30 do dia 2 de fevereiro, na avenida Brigadeiro Faria Lima, no bairro Rádio Clube.

Cosmo atuou na Operação Escudo. Na noite de 27 de julho do ano passado, o soldado se envolveu em uma ocorrência na Comunidade da Prainha. Ele e a equipe de Rota faziam patrulhamento e disseram ter trocado tiros com três suspeitos, sendo que um deles foi alvejado e dominado e os outros dois fugiram.

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Soldado foi enterrado na cidade de São Paulo. Após velório na sede da Rota, a cerimônia de sepultamento de Samuel Wesley Cosmo ocorreu no Cemitério do Araçá, zona oeste da capital.

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